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“A vitrine é apenas parte da experiência”, diz Camila Salek, especialista em Visual Merchandising

18 maio 2018 | Notícias

Por Lucas Magno

Camila Salek é referência no Brasil quando o assunto é Visual Merchandising (VM). Ela também é sócia-fundadora da Vimer Experience Merchandising, além de integrante do grupo de empreendedoras de sucesso do programa “Winning Women Brasil” da Ernst Young. A executiva esteve em Fortaleza para participar esta semana da 3ª edição do “Trend Session”.

Ao Galeria MT, ela falou sobre sua experiência do mercado, além de orientar quem pretende seguir carreira no segmento. Mas no que consiste o trabalho de VM? Camila mesmo relata de uma forma simplificada: “É um conjunto de técnicas que envolve o estudo de toda a atmosfera de loja, buscando trabalhar as potencialidades do ambiente para levar ao consumidor uma oferta de experiência no universo da marca”.

Camila Salek atua desde 1999 como profissional de Visual Merchandising Foto: Reprodução/Instagram

A título de curiosidade, a sua empresa, Vimer, tem mais de 600 projetos desenvolvidos para marcas internacionais e nacionais, como Havaianas, C&A, Christhian Louboutin e Calvin Klein.

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O processo completo de VM passa por várias fases. Na primeira etapa, é preciso fazer uma imersão no branding e objetivos da marca. “Passamos pelo estudo de seus produtos, do público-alvo e cruzamos com a nossa inteligência de varejo para entregarmos a experiência e narrativa que está sendo buscada”, comenta ela.

Ainda segundo Camila, o Visual Merchandising vai muito além da vitrine, apesar de o espaço ser a primeira possibilidade de atrair o consumidor. “É onde iniciamos a conexão com o consumidor. Devemos trabalhar este espaço nos concentrando na história que queremos contar para criar um ambiente superatrativo dentro do tema que está sendo apresentado, gerando um encantamento imediato e despertando o desejo de compra através da identificação com a proposta da marca. Esta é uma etapa tão importante da experiência do varejo, que temos uma nova unidade de negócio na Vimer, o ‘First by Vimer‘, focado justamente na criação de projetos de vitrine para impulsionar a ativação de pequenos e médios varejistas”.

“Precisamos de referências e acompanhamos o que está acontecendo no mercado a todo momento, para entender comportamentos sociais e como isso reverbera no comportamento de consumo”, diz a profissional Foto: Reprodução/Instagram

Ela também reforça que é uma ilusão pensar que a vitrine vai vender o produto sozinha. “Ela cumpre o papel de atrair o consumidor para dentro da loja, mas é apenas parte da experiência. É muito importante que exista uma continuidade da narrativa no interior da loja, desde o atendimento até a implementação de técnicas de Visual Merchandising para explorar a exposição dos produtos, pensando em toda a jornada de consumo que poderá resultar na venda”.

É preciso acompanhar o que está acontecendo no mercado

A profissional viaja ao redor do mundo para destinos como Nova York, países da Europa e Tokyo para acompanhar as tendências de Visual Merchandising. “Precisamos de referências e acompanhamos o que está acontecendo no mercado a todo momento, para entender comportamentos sociais e como isso reverbera no comportamento de consumo e conceitos visuais são essenciais na hora de desenvolver projetos para o varejo. Podemos trabalhar em cima da técnica que for, mas não conseguimos criar algo sem entender o que e como o consumidor precisa encontrar o que estamos ofertando”.

Camila pontuou que o que viu recentemente em uma viagem passando por Londres e pela Semana de Design de Milão foram os espaços instagramáveis e dá a dica de alerta de tendência. “Esse é um tema
que já estamos trazendo há algum tempo, na evolução da oferta de experiências relevantes e engajadas por propósito, que já não limitam a ida do consumidor ao ponto de venda somente para compras. Fica cada vez mais nítida a busca por mais, o cliente quer se relacionar, ser conquistado, experimentar o produto e vivenciar o universo da marca. Nesta viagem vimos isso como grande destaque em diversos pontos turísticos e no próprio varejo, como por exemplo na recém inaugurada flagship da L’Occitane de Londres, a maior loja da rede em todo o mundo que cruza o que chamo de ‘immersive retail’, oferecendo a experimentação no ambiente de loja, incluindo os próprios ‘espaços instagramáveis. Tiramos fotos que foram impressas na hora, e ainda fizemos vídeos no formato ‘boomerang’ para o Stories do Instagram. É uma verdadeira experiência conectada ao compartilhamento digital“.

Para quem deseja trilhar uma carreira dentro do Visual Merchandising, ela também opina. Camila, que é formada em comunicação, diz que nenhum caminho é regra para o sucesso. “A minha formação em publicidade e propaganda e especialização em Visual Merchandising e na área da moda foram essenciais. Eu mesmo continuo buscando agregar à minha formação conhecimento de outras áreas e é essa a minha dica: enriqueça seu currículo com conhecimentos de design, identidade visual, desenvolvimento de embalagem, branding e vendas”.

Um dos mais recentes trabalhos da Vimer foi com a Cia. Marítima Foto: Divulgação

“Claro que o contrário também é verdadeiro, assim como profissionais que já atuam com Visual Merchandising devem beber de outras fontes que esbarram no dia a dia, profissionais com formações específicas que atuam no varejo precisam buscar esse aprofundamento para ter uma visão macro. Na própria Vimer temos uma equipe multidisciplinar e dependemos disso para fazer acontecer, do arquiteto ao designer, do publicitário ao estilista, são formações diversas e a troca de aprendizado é constante”, completa.

Por fim, no seu portfólio, ela pontua dois projetos recentes: o feito para a Chilli Beans e o da Cia. Marítima. “O projeto de retrofit da Chilli Beans inclusive foi premiado pela Associação Brasileira de Franchising, como tendo sido o melhor trabalho realizado em Visual Merchandising em 2017”.

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