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Wall Street Journal: a modernidade como aliada da tradição

10 maio 2018 | MT Life

Por Lucas Magno

Na última terça-feira (8) visitei um dos maiores e mais influentes jornais do mundo, o Wall Street Journal, o grande jornal de negócios dos EUA. Certamente foi um dia histórico na minha carreira na área da comunicação. Imaginei que encontraria uma rotina ainda tradicional de jornal, mas me deparei com o que há de mais inovador, tecnológico, moderno.

Situado na 6th Avenue em Nova York, o WSJ conta hoje com 1300 colaboradores espalhados pela América e correspondentes ao redor do mundo. No prédio da Sexta Avenida, são 500 colaboradores. A experiência faz parte do curso de novas mídias de uma semana em Nova York, realizado pelo IESE Business School, onde tivemos a oportunidades de conhecer os principais veículos de comunicação do Estados Unidos, como o New York Times, CBS, o portal de notícias, Quartz, Bloomberg, e tivemos aula na Columbia University.

No WSJ ( Wall Street Journal), fomos recebidos pelo editor-chefe do Dow Jones Newswires, Glenn Hall, que já estava nos aguardando na recepção do 7º andar com muita atenção e cordialidade.

Fizemos um tour pelas redações, entre as quais não há separações, são todas abertas e altamente silenciosas.

O “Bar Tech” foi algo que me chamou atenção. É um espaço em formato de bar no qual há uma pessoa full time para solucionar problemas de naturezas tecnológicas, já que, geralmente, nas redações existem entraves frequentes com computadores, internet e sistemas. Dessa forma, não é preciso abrir nenhum chamado e esperar alguém da T.I. vir resolver o problema. A solução está ali, num “bar”, pronta para servir.

Outra ideia genial são as cabines à prova de som para reuniões confidenciais entre duas pessoas. Em toda redação, existem pequenas salas abertas para reuniões rápidas, mas as cabines fechadas são geniais!

No meio da redação, há um grande painel de led, no qual são publicadas as principais notícias do momento no jornal online e os posts nas redes sociais. Estes são monitorados em tempo real pela quantidade de likes. Os posts publicados também são acompanhados e podem ser alterados para alavancar a audiência.

News hub

Outro destaque é um espaço chamado “news hub”. Ele fica no centro da redação e reúne os principais editores e colaboradores do jornal de áreas importantes, como marketing, digital e comercial. O grupo fica reunido e decide, de forma colaborativa, quais as prioridades das notícias publicadas e o que fazer com uma notícia importante. Oportunidade para oferecer um novo produto ou uma matéria completa?

Depois do tour pela redação fomos à sala “Meet“, um local de reuniões para receber os visitantes. Nela, conhecemos a editora-chefe do portal WSJ, Jennifer Hicks. Ela falou sobre a rotina como responsável por todas as plataformas digitais do jornal: site, redes sociais em diferentes plataformas como aplicativos em mobile, iPad, desktop, etc.

A editora-chefe lembrou que, há 14 anos, esperava fechar a edição do jornal impresso para, depois, replicá-la no site. Hoje é o contrário: o último a fechar é o impresso.

Número

O WSJ conta atualmente com 3 milhões de assinaturas, das quais 2 milhões são oriundas do digital e 1 milhão do impresso. Tudo é monetizado, até as newsletters. Por exemplo, a assinatura anual de newsletters diárias, com conteúdo exclusivo Dow Jones, chega a custar 2.400 dólares. Perguntamos ao Glenn qual a maior receita do jornal. A resposta foi de que a publicidade online do jornal é duas vezes maior a do impresso.

Após a visita ao WSJ, saí ainda mais convicta de que estamos num momento de grandes mudanças, e temos que ser ágeis, para mudar. Gerar valor em todos os sentidos para o jornalismo é o grande desafio dos veículos de comunicação.

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