A arte de colecionar arte | Chanceler Airton Queiroz inaugura exposição emocionante - Márcia Travessoni

Por Lucas Magno

Boa parte da história de vida do Chanceler Airton Queiroz se entrelaça com a história da arte brasileira e internacional. E história boa merece ser contada e compartilhada. Ainda na infância, a mãe de Airton o levava junto com os irmãos a exposições de arte ao redor da Europa. O gosto do Chanceler foi se moldando e seu tino artístico ganhando novos valores. Há cerca de cinquenta anos, a família Queiroz iniciou uma coleção de pinturas e objetos de arte decorativa, de forma despretensiosa. Nessa formação, Airton contou para o GALERIA que o olhar de Celina, sua esposa, foi muito importante, e que depois os filhos Patrícia e Edson se dedicaram a apoiar essa ideia de construir um acervo.

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Edson Queiroz Neto ao lado dos curadores José Roberto Teixeira, Max Perlingeiro e Fábio Magalhães

Em meio a obras fantásticas, de artistas renomados como Monet, Renoir, Miró, Dalí e Portinari, Airton se deu conta de que a coleção havia se tornado absolutamente consistente e passava por nada menos que quinhentos anos (!) de história da arte, do século 17 ao século 21. A ideia de expor esse acervo grandioso animou (e muito) os admiradores das artes plásticas. Afinal, Airton se tornou um dos maiores colecionadores da América Latina. Pra se ter uma ideia, a pintura “Mulher de Cabelos Verdes”, de Anita Malfatti, só foi exposta uma única vez, em meados de 1916. Depois, Airton foi pessoalmente à casa da família de Anita pra adquirir a obra. E hoje ela está exposta na mostra “Coleção Airton Queiroz”, que abre para o grande público dotada de um valor inestimável.

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Luiz Roberto Sampaio, Michele Uchoa, Antonio Almeida, Nicinha Dias, Renato Magalhães Golveia, Guilherme Magalhães Golveia e Jones Bergamin

A vernissage, emocionante, aconteceu na noite de ontem com buffet assinado pela querida Toca Fina Cozinha (que, inclusive, inaugurou o Café das Artes por lá), e reuniu não só nomes como o Prefeito Roberto Cláudio e o Governador Camilo Santana, como também os curadores, colecionadores e expositores mais influentes do Brasil e do mundo. A mostra, inclusive, tem curadoria ímpar de Fábio Magalhães, Max Perlingeiro e José Roberto Teixeira. Outra grande surpresa para os convidados foi a presença de João Portinari, único filho do brasileiro Candido Portinari, que posou em frente ao seu retrato pintado por seu pai, quando ainda era criança. Uma imagem que ficará na nossa memória. A exposição “Coleção Airton Queiroz” fica em cartaz na Unifor até 18 de dezembro, com visitação gratuita de terça a sexta, das 9h às 19h; aos sábados, das 10h às 18h; e aos domingos, das 12h às 18h. As fotos da vernissage, você confere agora!