Márcia Travessoni – Eventos, Lifestyle, Moda, Viagens e mais

A tonalidade da cor da luz está diretamente ligada com o ciclo circadiano das pessoas

Talvez muitos não saibam, mas a cor da luz costuma fazer toda a diferença em ambientes de uma casa, podendo até ser responsável por determinar a permanência das pessoas em determinados cômodos. A tonalidade da iluminação, popularmente chamada de luz branca e luz amarela, faz referência à temperatura de cor de uma lâmpada, que não tem relação com o aquecimento gerado por ela.

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A arquiteta Amanda Pessoa explicou à Plataforma MT sobre os objetivos de cada tonalidade e sua influência nos ambientes: “A luz branca é a reprodução da luz do início do dia, que proporciona a sensação de atenção extrema para alguma atividade. Já a luz amarela é a reprodução da luz no final do dia, que nos proporciona uma sensação de conforto, descanso e tranquilidade”.

A reprodução da luz artifical, segundo a especialista, tem total ligação com o ciclo circadiano das pessoas, nome dado ao ritmo o qual o organismo realiza suas funções ao longo do dia. “A luz tem relação direta com as sensações. Sabe aquela sensação diferente ao entrar em algum espaço, mas que não se sabe explicar? A iluminação pode ser a grande responsável por isso”, pontuou Amanda.

A especialista esclareceu que a luz branca, que pode ter temperatura de aquecimento de até até 6500K, é comumente usada em hospitais, centros cirúrgicos, consultórios clinicos, salas técnicas, farmácias e outros ambientes. Já a luz amarela, com até 2700K, é mais encontrada em espaços residenciais, como salas, banheiros e quartos, além de restaurantes de longa permanência e algumas lojas.

Temperatura da cor inadequada

Além de determinar a permanência das pessoas em determinados cômodos da casa, a temperatura da cor possui influência direta com a experiência de uma pessoa em variados locais, podendo, inclusive, contribuir na hora da venda de produtos em pontos comerciais. “A utilização de uma iluminação mal pensada pode ter influência direta na desvalorização de um produto“, explicou a arquiteta.

“Sabe quando você entra no provador de uma loja que tem uma luz adequada e você se acha linda e quer levar todas as roupas? Então, o espaço e a luz foram pensados para as pessoas se sentirem confortáveis e confiantes, influenciando diretamente no processo de venda. E o mesmo pode acontecer com a vitrine de uma lanchonete, delicatessem, supermercado etc”, completou Amanda.

É possível ter os dois tipos de iluminação em uma mesma casa?

A especialista explicou que, sim, é possível ter luz branco e luz amarela em uma mesma casa, mas que não é recomendado utilizar duas temperaturas de cores diferentes em um mesmo ambiente. “O aconselhável é que em um único ambiente tenha apenas uma mesma tonalidade de cor, para que não fiquem espaços mais pálidos que outros”, pontuou a arquiteta.

Apesar da possibilidade de duas temperaturas de cor para os mais diversos projetos, que podem diferenciar de acordo com o espaço e com o gosto pessoal de cada pessoa, Amanda enfatizou que a luz amarela tem sido cada vez mais procurada para iluminar residências. A luz neutra, intermediária entre a branca e a amarela, também acaba sendo uma opção viável para quem busca a mesma proposta.

Cor da luz e consumo de energia

“Não confunda a tonalidade da lâmpada com consumo, que é o quanto se vai gastar na conta de luz, e potência, que corresponde a quanto a lâmpada vai iluminar”, esclareceu a especialista. Assim, ambas concomem da mesma forma. A arquiteta também explicou que são as luzes incandescentes que costumam consumir mais energia e ter um maior aquecimento em decorrência do seu filamento.