6 jul 2022 | Moda
Esta foi a primeira semana de alta-costura com apresentações totalmente presenciais desde o início da pandemia
Iniciada na última segunda-feira (4), a Semana de Alta-Costura em Paris de Outono/Inverno, marcou a volta das apresentações totalmente presenciais. O surrealismo de Schiaparelli abriu o evento, que foi encerrado na quinta-feira (7), com o desfile da Valentino.
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Trazendo o surrealismo característico da Schiaparelli, Daniel Roseberry, diretor criativo da maison, apresentou na passarela silhuetas marcadas, muito volume, flores e bordados dourados, contrastando com as peças pretas.
Na quarta-feira (6), a maison inaugurou a exposição “Shocking! The surreal world of Elsa Schiaparelli”, no Musée des Arts Décoratifs, mostrando toda a história da estilista que deu nome à grife.
A brasileira Anitta assistiu ao desfile na primeira fila, ao lado da cantora Rita Ora, e chamou atenção ao aparecer com um look de crochê inspirado no icônico sutiã de cone usado por Madonna na turnê “Blond Ambition”, em 1990.
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Futurismo Sustentável
Comemorando 15 anos, a maison Iris Van Herpen trouxe para a passarela a coleção “Meta Morphism“, inspirada no poema “Metamorfoses” de Ovídio. As criações foram feitas em tecidos biodegradáveis e modelagens futuristas cheias de movimento.
Já a Dior, apresentou uma coleção inspirada na obra da artista ucraniana Olesia Trofymenjo, que mistura fotografia e bordado, trazendo várias referências folclóricas. As peças em tons neutros trouxeram muitos bordados e transparência.
A Chanel trouxe para a passarela os clássicos conjuntinhos estruturados, com cortes retos e, principalmente, em tweed. A leveza ficou por conta das peças em tule e com bastante transparência, além, é claro, do destaque do desfile: os maxi laços de cabelo – e também os chapéus. Será essa uma das tendências do próximo outono-inverno?
Conhecida pelas criações polêmicas, a Balenciaga apresentou uma coleção predominantemente preta, mas com alguns pontos de cor e um casting de peso com grandes nomes como Kim Kardashian, Dua Lipa, Naomi Campbell, Bella Hadid e a atriz Nicole Kidman. O volume excessivo dos vestidos foi o ponto marcante do desfile.
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A coleção da Jean Paul Gaultier – assinada por Olivier Rousteing, mente criativa da Balmain – veio com a provocação clássica da maison, com inspirações em figurinos clássicos usados por Madonna, como o icônico sutiã de cone, e também nas embalagens dos famosos perfumes da grife.
Olivier apresentou ainda referências às costureiras e demais profissionais que participam do desenvolvimento das peças, trazendo braceletes de almofada de alfinetes e ainda um vestido branco com um enorme coração com alfinetes. Entre os pontos altos do desfile, a dupla de modelos que exibia coletes imitando corpos grávidos, e a presença da famosa modelo plus size, Precious Lee.
A Fendi veio delicada, leve e romântica. Para a Couture, Kim Jones buscou inspiração em três cidades: Quioto, Roma e Paris. Tendo a cidade japonesa como destaque, o diretor criativo se inspirou nos kimonos do século XVIII e nos bordados feitos à mão. Os adereços de strass, principalmente no cabelo e orelhas, foram vistos em quase todos os looks. Vale ficar de olho!
Quem pode fazer parte da Alta-Costura
Para poder fazer parte da alta-costura, as marcas precisam cumprir alguns requisitos importantes: possuir um ateliê em Paris, ter como DNA criações exclusivas, feitas à mão com materiais de alta qualidade. Além de tudo isso, é necessário ainda ser aceita pela Federação da Alta-Costura e da Moda, com sede em Paris.