Márcia Travessoni – Eventos, Lifestyle, Moda, Viagens e mais

Jornalista, escritora, consultora de moda e publisher, Lilian Pacce foi a última a subir ao palco do Teatro RioMar Fortaleza para compartilhar com o público do MaxiModa 2018 os segredos do bíquini brasileiro. O tema da palestra é assunto discutido na obra “O Bíquini Made in Brazil”, mais recente lançamento de Lilian no País.

Fruto de uma pesquisa de 13 anos, a obra conta a história da peça mais usada pelos brasileiros e as personalidades que contribuíram para a sua disseminação mundo afora. Surgido em 1946, na França, o acessório “foi tão revolucionário na época, gente, que ninguém quis desfilar o próprio biquini”, nos contou Lilian.

Inês Villaventura, Lilian Pacce e Lino Villaventura

O nome da peça foi, inclusive, inspirado nos testes nucleares feitos no Atol de Bikini, no Oceano Pacífico, numa época em que o ato era visto como progressista. 

De acordo com os estudos da palestrante, antes do bíquini surgir, existiu o “Duas Peças”, febre novamente em 2017 sob o nome de hot pants. “Até o biquini surgir, o ‘duas peças’ cobria o umbigo. Então quando ele surge, ele surge mostrando o umbigo. Não podia mostrar porque o umbigo é ligado à religiosidade, é ligado à maternidade, é ligado ao sagrados, tem vários simbologias ligadas ao umbigo. Então isso foi um escândalo”, revelou.

A “moda que não pegou” só foi se popularizar na década de 1960, “que é quando começa de fato todo o movimento de liberação feminina”.

Desde então, personalidades como Marilyn Monroe, Carmen Miranda e Gisele Bundchen contribuíram para que a disseminação do bíquini na moda e nas artes.

Após a palestra, Lilian seguiu para uma sessão de autógrafos de seu novo livro.