26 maio 2022 | Moda
A equipe da Plataforma MT acompanhou de perto dos desfiles do segundo dia de evento e destacou os melhores momentos da noite
A segunda noite de DFB foi marcada por muita emoção. A quinta-feira (26) foi dia de Bruno Olly, Sand Blue, Vitor Cunha, Vi Lingerie, Lindebergue e Ivanildo Nunes, todos com os conceitos propostos bem trabalhados na passarela. A equipe da Plataforma MT acompanhou os desfiles do segundo dia e apresenta alguns highlights de quem conferiu tudo da primeira fila.
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Com coleção de moda masculina, Bruno Olly abriu a noite. Em tons neutros, tecidos nobres e cortes retos, o estilista brincou com os conceitos culturalmente impostos de feminino e masculino e mostrou que “Não Existe Paraíso” para minorias marginalizadas. O piauiense encerrou o desfile emocionado e aplaudido de pé.
Do lixo ao luxo! A brand de beachwear apresentou a coleção “NÓS”, que veio cheia de bossa, sustentabilidade e ressignificados. O verde e o azul ditaram o desfile, mas as peças tinham um toque ainda mais especial: os detalhes feitos a partir de cordas náuticas. A marca reaproveitou os resíduos de corda usados na confecção de balanços que seriam descartados no lixo e os reinseriu na indústria, criando acessórios para os biquínis.
O que existe para além da realidade que conhecemos? Vitor Cunha trouxe esse questionamento para o DFB com a coleção “Alomorfia”. Pondo a libélula, ou alomorfia, como elemento central, que conhece realidades ocultas e pode acessá-las, a coleção convida a todos a embarcar também nessa viagem.
Em uma apresentação performática, cheia de cores, cortes retos, assimétricos e oversized, que valorizam o movimento do próprio corpo, as peças masculinas – mas que fogem das delimitações do gênero – prenderam os olhares de quem acompanhou o desfile.
A Vi Lingerie transformou a terra da luz em poesia na passarela do DFB Festival com a coleção “Ceará é flor, é amor”. Com silhuetas marcadas, transparência e peças fluídas, predominantemente em tons neutros, mas sem deixar cores como o vermelho de lado, a brand esbanjou romantismo e delicadeza.
Lindebergue
Dividido em duas partes, o “Apocalipse Xanandu” de Lindebergue traz as dores de um mundo adoecido pela pandemia, em looks all black, simbolizando o luto. Na segunda parte, o brilho e os tons claros entraram em cena, anunciando a chegada do novo tempo – e da esperança.
O veterano Ivanildo Nunes encerrou a noite apresentando “Com Elas”. Fazendo jus ao nome da coleção, o estilista abriu o desfile homenageando todas as costureiras que produziram a coleção junto com ele.
Os tons quentes trouxeram força às peças, equilibrada com a delicadeza dos bordados manuais. A leveza dos babados e aplicações fez os looks parecerem saídos de um conto de fadas.
O vestido de noiva com longa cauda de babados foi o grande destaque do desfile.
Ao final, em um gesto singelo e de muita emoção, Ivanildo ajoelhou-se e agradeceu, fazendo da passarela seu solo sagrado.
Este conteúdo tem o apoio da Universidade de Fortaleza (Unifor). Quem faz moda, faz Unifor.