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Mila Menezes conta sua trajetória até criar sua própria marca, Tanden, e fala de sua relação com o Ceará

13 maio 2018 | Moda

Por Lucas Magno

Apesar de não ter nascido no Ceará e morar em São Paulo, Mila Menezes mantém fortes laços com o Estado. Já morou em Fortaleza por um ano com a avó, é filha de dois cearenses e boa parte de seus melhores amigos está aqui. Neste sábado (12), ela levou as peças de sua marca, Tanden, para a passarela do DFB  Festival 2018 e recebeu muitos aplausos pelo trabalho que apresentou.

Mila relata que seu primeiro contato com moda foi no DFB, quando aos 16 anos trabalhou no backstage. “Foi um momento muito especial. Eu estava meio assustada, com medo de fazer alguma coisa errada. É muito legal pra mim está aqui hoje porque consigo enxergar toda a minha trajetória até aqui”.

Ela começou fazendo faculdade no Brasil, mas acabou transferindo seu curso para Milão, na Itália, onde se formou em fashion design. “O meu trabalho de conclusão de curso, inclusive, foi selecionado como um dos 10 mais legais da apresentação do ano. Eu criei uma coleção e desfilei, isso foi muito bacana pra mim. A minha foi masculina, eu queria muito seguir na moda masculina na época”.

De férias no Brasil, após a formatura, conseguiu um trabalho com o estilista André Lima. “Foi quando comecei a ficar mais próxima do mundo feminino e do segmento de festa também. Fiquei um ano com ele, e foi como uma escola pra mim. Aprendi muitas coisas, acompanhava muito o processo dentro do ateliê dele. O André foi um mestre muito importante”.

Depois disso, Mila passou ainda pela marca Handbook. “É uma marca bem grande de varejo, eles têm 25 lojas em São Paulo, loja em shopping. Aí já me aproximei de outro público, porque lá é moda para os públicos B e C e a gente fazia a produção toda em Hong Kong. Então eu ficava muito lá para desenvolver as coleções. Foi muito legal porque eu aprendi o lado empreendedor da moda, preço de cada aviamento, quando tempo fica na máquina… foi muito importante para  mim”.

Ela participou ainda de uma startup de moda, até chegar na Tanden, em 2014, que tem como proposta criar peças que acompanham a mulher em diferentes ocasiões, do clássico ao casual sofisticado. Ainda dentro da marca, Mila também desenvolve vestidos para noivas. Em Fortaleza, as peças da designer estão à venda na Lisieux Maison, mas ela também atende clientes daqui à distância, que ligam e mandam as medidas, para as peças serem feitas.

“Fazemos tanto festa como noivas. A gente já saiu na Vogue Noiva, no blog da Constance Zahn e vamos participar da edição do evento Casar, em São Paulo. Tem também a parte casual chic, que tem como proposta fazer peças que a cliente possa colocar uma camiseta e um tênis e ir pra um evento, almoçar, ou transformar jogando um salto e uma blusa de seda para ir para uma festa, um casamento”.

No DFB, Mila apresentou a coleção “Colheita Grande“, que trata da colheita pessoal das mulheres. A equipe se inspirou nas camponesas para criar as peças. Os tecidos escolhidos foram o linho, seda, tafetá, jeans, lã e malha. A principal referência para a coleção foi a obra “Café“, de Clóvis Graciano, onde tem uma mulher de vestido colhendo café junto aos homens. “Eu olhei e me apaixonei por esse quadro e pensei que era aquilo. Juntei toda a parte psicológica com a territorial, do uniforme, amarrações, palha, das cores… As cores da coleção são de frutos que são colhidos”.

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