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O masterplan une os altíssimos níveis de arquitetura e urbanismo

Responsável pelo masterplan do BS Gran Parc Eusébio, o arquiteto e urbanista Joélio Araújo, da Plano B Urbanismo e Arquitetura, fala sobre o projeto e as novas perspectivas em termos de loteamento no Ceará. “Estamos com o BS Gran Parc, alinhando a qualidade do urbanismo com a qualidade da arquitetura. Estamos fazendo com que o urbanismo deixe de ser coadjuvante e passe a ser um ator principal”. 

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O masterplan é a ferramenta de planejamento físico-espacial de uma cidade ou de parte dela — como um bairro, uma vizinhança, ou até mesmo de um complexo arquitetônico de grande escala. No caso do BS Gran Parc Eusébio, Joélio e sua equipe, consideram que uma das grandes inovações é a ideia de descortinar o terreno. 

Para atingir esse objetivo, o projeto priorizou as áreas verdes, posicionando as ilhas em pontos estratégicos. Com isso, todos os lotes passam a ter apelo e atrativos, porque todos estão em áreas nobres. Ele aponta que a concepção adotada visou aproveitar a topografia do terreno, em um descortinar natural. “O terreno foi nos dizendo isso”. 

Joélio cita ainda como referência no projeto, um circuito de caminhada de 2km ao longo do terreno, onde é possível conectar todas essas ilhas verdes. “Esse circuito nunca será monótono, porque você terá espaço para contemplação, segurança (fica distante do limite do terreno para garantir essa segurança), sem contar o bem-estar, com passagens pelas áreas de lazer, permitindo a conexão com as áreas pet, lazer da criança e esportes”.

Trabalho em equipe

Para ele, que atuou na concepção com David Pontes e Marcelo Magalhães, o BS Gran Parc é um espaço diferente, por casar de forma especial os altíssimos níveis de arquitetura e urbanismo. “O urbanismo é uma espécie de teatro, onde nós montamos o cenário para o artista, no caso o arquiteto, montar a sua cena. É comum se fazer propaganda de loteamento mostrando a portaria e isso é arquitetura, mas no BS Gran Parc Eusébio você vê o todo. E isso é um trabalho proporcionado pelo urbanismo”, conta.

Para chegar a esse conceito, Joélio ressalta o cuidado em saber ouvir o que o cliente necessita e fala sobre a participação da BSPar. “Esse processo criativo nunca é feito por uma pessoa. No primeiro conceito fomos na linha mais tradicional, o que não estava ruim. Mas na hora que apresentamos ao dr. Beto, a Raquel Antonini, o Fábio Albuquerque, eles nos disseram que ainda não era o que estavam querendo. ‘Acho que podemos melhorar. Que tal pensarmos em criar outros espaços, adequar isso, aquilo’. Tudo foi pensado junto”.