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Camilo Santana anuncia criação da Casa da Mulher Cearense nas principais regiões do Estado

8 mar 2019 | Notícias

Por Lucas Magno

Nesta sexta-feira (08), Dia Internacional da Mulher, o governador Camilo Santana anunciou, em solenidade no Palácio da Abolição, a implantação da Casa da Mulher Cearense nas principais regiões do Estado. Com a temática “Elas transformam”, o ato ainda teve uma homenagem a cinco mulheres que se destacam pelo trabalho social em suas comunidades. Também participaram do ato a primeira-dama do Estado, Onélia Santana, a secretária de Proteção Social, Justiça, Mulheres e Direitos Humanos, Socorro França, o presidente da Assembleia Legislativa, José Sarto, a secretária executiva de Mulheres, Denise Aguiar, e representantes de movimentos de mulheres.

O projeto da Casa da Mulher Cearense é baseado no exemplo da casa implantada em Fortaleza, que atua no atendimento humanizado e especializado para mulheres em situação de violência, como destacou Camilo Santana. “A ideia é seguir o modelo da Casa da Mulher Brasileira, implantada no ano passado aqui em Fortaleza, que é uma experiência do Governo Federal que o Estado assumiu. Hoje a gente administra a Casa mantendo todos os serviços reunidos – Defensoria (Pública), capacitação, Delegacia da Mulher, Ministério Público, Juizado Especial, tudo em um só ambiente para acolher e orientar as mulheres. A ideia é que a gente inicie pelo Cariri, região que tem tido um índice forte de violência contra a mulher. Nesses próximos quatro anos queremos implantar nas principais regiões do Ceará”.

Camilo Santana disse ainda que as mulheres poderão encontrar na Casa da Mulher Cearense, além do serviço de apoio e orientação, um núcleo de estimulação econômica com capacitação e crédito para aquelas que desejam abrir o próprio negócio.

A secretária Socorro França fez questão de lembrar da luta das mulheres ao longo dos anos. “Recordo do ano de 1969, quando o Código Civil dizia que as mulheres eram relativamente incapazes, elas só poderiam agir se fosse com a assinatura do marido. As mulheres foram à luta e no final de 1969 nós tivemos o estatuto das mulheres e nos libertamos da incapacidade. Isso é muito significativo. Hoje, é um dia muito emocionante. De 1969 até hoje, o que a gente percorreu foi impressionante. Cada companheira que vem lutando há anos vem mostrando que temos que ter respeito pela diversidade, que é o ser humano que vai fazer com que nós possamos mudar e transformar. Elas transformam sim. Vocês têm força, vocês lutam, conquistam e têm nos levado para um mundo melhor e mais fraterno”..

Homenagem

O evento contou com uma homenagem prestada pelo Governo do Ceará a cinco mulheres que realizam trabalhos sociais. A primeira-dama Onélia Santana enfatizou o papel social que as homenageadas desempenharam no decorrer de suas trajetórias. “Essas mulheres merecem todas as homenagens do mundo. São mães e mulheres que acolheram filhos de outras mulheres, que tiveram esse amor de acolher, de levar para o mundo da música, da arte, da cultura. Essas mulheres estão sendo homenageadas pelo papel transformador que tiveram na comunidade e nós precisamos dessas pessoas que pensem na fraternidade, no acolhimento, na igualdade, na justiça social. É com essas mulheres que a gente quer se apegar para seguir juntos lutando”.

As homenageadas foram: Irmã Conceição, do Lar Amigos de Jesus, que tem mais de 30 anos de serviço de atendimento a crianças e adolescentes com câncer; Otacília Verçosa, conhecida como dona Tatá, líder comunitária do bairro Mucuripe e presidente da Associação dos Idosos do Mucuripe Oscar Verçosa, atendendo cerca de 500 pessoas; Lúcia Simão, que se destaca pela discussão sobre a realidade da população negra no Ceará e pelo pioneirismo em discutir questão racial junto com os movimentos sociais de luta pela moradia; Regina Marta Albuquerque Barbosa, que fundou, em 1993, a Casa de Vovó Dedé com o marido Mansueto Barbosa, e que até hoje dá aulas de pianos e acordeom para os jovens. A quinta homenageada foi Maria de Lourdes da Conceição Alves, a Mãe Pequena, líder dos Jenipapo-Kanindé, que luta pelo direito à terra, educação, saúde e cidadania.

“A gente sente que a mulher ainda não tem o espaço que deve ter na sociedade, tanto faz ser índia ou não. Dentro das políticas públicas ela precisa ter espaço. O respeito com a mulher ainda é pouco e ela precisa de respeito. A mulher precisa do direito e do respeito dela, porque é uma pessoa que veio ao mundo para dar o fruto dela”, concluiu Mãe Pequena.

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