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Casa D’Alva recebe exposição de Ismael Nery

11 mar 2019 | Notícias

Por Lucas Magno

Pela primeira vez, o público cearense e amantes das artes plásticas poderão conferir em Fortaleza uma exposição individual do artista Ismael Nery.

A mostra ocorrerá de 15 de março a 13 de abril, na galeria Casa D’Alva. Com curadoria de José Guedes e Roberto Galvão, a exposição reúne 30 obras das décadas de 1920 e 1930, entre desenhos, aquarelas e pinturas a óleo.

Conheça Ismael Nery

Ismael Nery nasceu em Belém do Pará, em 1900. Em 1909, transferiu-se com a família para o Rio de Janeiro. Demonstrou vocação para o desenho e pintura precocemente. Aos 18 anos, fez exames e foi aprovado para frequentar a Escola Nacional de Belas Artes, mas não se adaptou aos métodos acadêmicos da instituição. Recebeu a indicação que deveria estudar na França e matriculou-se na Academie Julian, em Paris, onde estudou desenho de figura humana, com modelo vivo.

Na Europa, visitou outros países; viu exposições, conheceu museus e observou detalhadamente os clássicos. Teve contato com as obras dos artistas do modernismo e das vanguardas europeias, principalmente as propostas expressionistas, cubistas e surrealistas. De volta ao Brasil, torna-se um dos mais controversos artistas brasileiros do período entre guerras.

Em 1922, casou-se com a poetisa Adalgisa Nery. Em 1926, deu início ao desenvolvimento de um original sistema filosófico de fundamentação católica, denominado de Essencialismo. Em 1927, fez nova viagem a Europa, onde tornou-se amigo de Marc Chagall, André Breton e outros artistas surrealistas.

Em toda a sua obra sempre trabalhou com a figura humana. São retratos, cenas intimistas do cotidiano e nus, sempre numa busca por representar a dinâmica formal do tempo, seja empregando a justaposição das figuras, seja se apropriando de métodos equivalentes as soluções cubistas.

Em 1929, depois de uma viagem à Argentina e Uruguai, descobriu que tinha tuberculose, doença que o vitimou em 1934, aos trinta e três anos de idade, no Rio de Janeiro.

Após a sua morte, a obra de Nery permaneceu ignorada do público e da crítica até a década de 1960. Quando participou de uma Sala Especial da 8ª Bienal de São Paulo, foi redescoberta.O artista ganhou, então, exposições retrospectivas nos mais importantes museus brasileiros e suas obras obtiveram o merecido destaque no mercado de arte do País.

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