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A publicação traz 28 cartas de amor e de luto dedicadas à irmã da autora

A relação vida e morte, que às vezes nos passa despercebida, é uma constante nas imersões reflexivas da jornalista, escritora e professora Erilene Firmino. A precoce partida (eufemismo para morte) da sua irmã e alma-gêmea Lia levou Erilene a escrever cartas, como uma forma de enfrentar e compreender a dor e as fases do luto. O resultado desses escritos está em “Manga verde com sal: cartas de amor, de luto, do sabor agridoce da vida”, o primeiro livro da autora, editado pela Casa de Memória. O lançamento aconteceu no último sábado (15), no Café Passeio – Espaço Cultural Gilmar de Carvalho, no Passeio Público.

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O evento foi regado a emoção em meio aos encontros e reencontros entre velhos e novos amigos que foram em massa prestigiar o lançamento do livro de Erilene Firmino, editado pela Casa de Memória, das jornalistas Cristina Pioner, Germana Cabral, Giovanna Sampaio e Roberta Souza.

Uma grande fila se formou no entorno da mesa de autógrafos adornada com toalha de renda filé, cesto de mangas verdes e pitadas de sal, num estilo bem cearense. O evento, realizado no Café Passeio, Passeio Público, foi uma celebração à vida, embora a narrativa revela o luto da escritora desde a partida de sua irmã, Lia, em 2013. Veja os registros do evento de lançamento, por Fernanda Siebra:

Sabor agridoce da vida

A história é contada por meio de 28 cartas, escritas durante sete anos, pelas quais Erilene “conversa” com Lia sobre seu percurso emocional para aprender a viver sem tê-la ao lado. Elas se iniciam em junho de 2013 e terminam no Natal de 2020. “Foi a primeira vez que voltei a comemorar a data desde que minha irmã partiu. Começava, ali, a sentir a ‘saudade boa'”, recorda Erilene. 

Com projeto gráfico do designer Eduardo Freire, apresentação de Adriana Negreiros e ilustrações de Lincoln Souza, o livro também aborda outras perdas na família da autora: “Seis meses depois de Lia, a mamãe morreu; e após cinco anos, o papai. Em meio a esses falecimentos, fui descobrindo vários outros desassossegos na alma – as rupturas provocam igualmente lutos, bem mais amenos, porém bastante incômodos – enquanto lutava para me manter viva e mentalmente sã”. Segundo Erilene Firmino, os leitores conhecerão a história dela e a de sua família, mas a obra fala sobre os sentimentos do mundo, não somente dos seus, tendo em vista o caráter universal da vida e da morte. 

“Manga verde com sal é um livro prazeroso como poucos. Em diversos trechos, apesar da dureza do tema, gargalhei, como nos tempos em que ouvia Erilene fazer suas observações espirituosas do cotidiano na redação do Diário”, escreve a jornalista e escritora Adriana Negreiros na apresentação da obra.

Já a foto sensível da capa é de Nayana Melo, filha de Lia, que posteriormente tatuou a imagem como forma de eternizar a mãe e a tia madrinha no próprio corpo. A mesma foto, pintada e bordada à mão por Ana Lídia, foi presenteada à autora pela Casa de Memória.

Serviço

Lançamento do livro “Manga verde com sal: cartas de amor, de luto, do sabor agridoce da vida”, de Erilene Firmino. 

Preço:  R$ 60 (1 exemplar) e R$ 100 (2 exemplares). 

Mais informações: @erilene_firmino

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