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Confira a entrevista com Julietty Morais, coordenadora do curso de Engenharia Mecânica da Universidade de Fortaleza

A Engenharia, que era tradicionalmente ocupada por homens, ao longo dos anos tem ganhado cada vez mais adeptas. Uma pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura (Confea/Crea), revelou que, em 2022, o percentual de mulheres registradas como engenheiras no Brasil ultrapassou 19% do total de profissionais. Em fevereiro desse ano, o sistema atingiu a marca de 200 mil profissionais mulheres cadastradas.

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Mesmo com o dado significativo no cenário total, a participação feminina entre os profissionais ativos na área é de apenas 15%. Porém, a posição de mulheres na área de conhecimento e no campo de trabalho da Engenharia, aos poucos, rompe o padrão de gênero presente na profissão.

Experiência

Incentivadora da luta pela igualdade de gênero no mercado de trabalho, a Universidade de Fortaleza (Unifor) possui o Centro de Ciências Tecnológicas (CCT), no qual cursos na área de Engenharia contam com mulheres se destacando no corpo discente e docente da instituição. Em entrevista à Plataforma MT, a coordenadora do curso de Engenharia Mecânica da Unifor, Julietty Morais, falou sobre os desafios e conquistas da sua trajetória na área.

Do início da carreira – com a realização do curso de Aprendizagem Industrial em Ferramentaria de Estampos do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) – até o momento, ela acumulou conquistas, como representar o Ceará na modalidade de Ferramentaria na Olimpíada do Conhecimento, em 2006, na etapa Nacional, feito este que nenhuma mulher tinha realizado antes, até a aprovação no Doutorado na área de Conformação Mecânica na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Segundo ela, um dos destaques mais marcantes na sua carreira foi assumir a gestão do curso de Engenharia Mecânica na Universidade de Fortaleza. Julietty foi admitida na Unifor em fevereiro de 2020 e iniciou como docente no curso de Engenharia Mecânica e Engenharia de Produção. “Em seguida, no ano de 2021, fui convidada para ser assessora do curso da Engenharia de Produção e, no início de 2023, surgiu a oportunidade para assumir a gestão e coordenação do curso da Engenharia Mecânica, onde estou à frente atualmente”.

Para além da carreira individual, a docente também comenta sobre o crescimento das mulheres no mercado profissional de Engenharia. “Pela evolução que venho acompanhando nesses 20 anos que já estou inserida no mercado, percebo cada vez mais as mulheres conquistando espaço e se destacando na área da Engenharia. Essa evolução se torna mais forte pelo grande potencial e competência que as mulheres têm em tudo que se propõem a fazer. Inclusive, temos muitas empresas que estão optando preferencialmente por contratar mulheres para os cargos de gestão pelos excelentes resultados e retornos que elas trazem”, diz.

Superando desafios

Apesar da carreira de sucesso, Morais afirma que também encontrou alguns obstáculos no mercado de trabalho relacionados ao gênero. “Alguns momentos foram bem marcantes na minha trajetória principalmente no quesito psicológico, mas todos foram contornados e superados quando eu mostrei minha competência, dedicação, paixão e segurança no que faço. Nós mulheres não podemos parar de fazer o que amamos, pois todas somos capazes de fazer qualquer coisa independente do nosso gênero. Somos muito fortes e determinadas”, comenta.

Hoje, ela se diz esperançosa em relação à evolução e o reconhecimento de mulheres engenheiras. “Fico muito feliz em ver que temos evoluído em vários pontos que norteiam a profissão da Engenharia e a adesão do público feminino nessa área. Sei que ainda temos um grande caminho de conquistas à trilhar em relação a alguns aspectos que infelizmente ainda existem, mas com certeza estamos superando e evoluindo cada vez mais […] Juntas somos mais fortes“, finaliza.

Para saber mais informações sobre os cursos de Engenharia ofertados da Unifor, acesse o site oficial da universidade.