24 jan 2024 | Notícias
Especialista analisa principais insights da NRF, maior evento de varejo do mundo
Realizada em Nova York, a NRF Retail’s Big Show encerrou na semana passada após três dias de experiências. Nesta 114ª edição, a delegação de participantes brasileiros foi a maior do evento – dentre os profissionais do Brasil, Camila Salek, especialista em varejo e relações de consumo e fundadora da Vimer Retail Experience, também esteve no evento. Salek falou com exclusividade à Plataforma MT sobre as tendências para o varejo em 2024 obtidas no evento.
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Esta nova conhecida do mundo pós-moderno foi, definitivamente, o assunto mais falado durante o evento. “70, 80% das palestras tinham inteligência artificial embutida ou como assunto principal”, pontua Salek. O evento pautou, sobretudo, esta tecnologia incorporada aos sentidos humanos, sempre relembrando para o setor a importância de usufruir da IA, mas sem esquecer das pessoas.
Como exemplo, Camila cita uma invenção da Yuv Beauty que realiza fórmulas para tinturas de cabelo, evitando que os profissionais de beleza desperdicem produtos e economizando tempo no procedimento.
“A capacidade humana é potencializada pela Inteligência Artificial, muito contrariamente ao que a gente pode pensar, inteligência artificial é uma adição crucial e necessária para que a gente consiga construir o futuro porque ela está no epicentro dessas transformações atuais”, afirma.
Voltar a gerar ou reproduzir, formar-se novamente – é assim que o dicionário Michaelis define o termo regenerar. O evento destacou como, hoje em dia, é necessário regenerar as formas de fazer varejo. Isso porque não há mais uma linearidade na jornada do cliente, sobretudo no varejo presencial. “Esquece, não existe mais”, afirma.
Antes mesmo de comprarem algo, as pessoas “passam olhando no celular, já pesquisaram todos os itens que estão interessadas, querem um atendimento, serviço, experiência, voltam para internet novamente, decidem perguntar para os amigos, se aquele produto é bom ou não é”.
Além disso, as formas de reinvenção entre as marcas necessita estar sempre em associação a práticas de ESG (Governança Ambiental, Social e Corporativa, em tradução livre do inglês) “A gente consegue trabalhar e consumir e, ao mesmo tempo, regenerar esse mundo que a gente vive, foi falado bastante sobre isso. Sobre conseguir olhar para o consumo com essa lente que considera principalmente o ambiente aonde a marca está inserida, aonde os consumidores estão inseridos”, comenta Salek.
Para que uma marca se mantenha ou se torne relevante no mercado, hoje, é imprescindível que tenha a experiência associada ao produto. “O consumo experiencial, para mim, é aquele consumo onde você consegue entregar algo que vai além da transação, então, uma loja ou uma marca que consegue entregar a experiência conseguiu migrar do transacional, que é só a entrega da mercadoria. (…) Agora, estar no varejo físico pede experiência, pede serviços, pede excelência em atendimento”, afirma.