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Rachel Maia fala sobre a importância de reinserir ex-detentas na sociedade

7 set 2023 | Notícias

Por Redação

Em sua coluna no Jornal O Globo, a empresária traz o debate acerca da inclusão de mulheres egressas

Rachel Maia é CEO da RM Consulting (Foto: Divulgação)

O crescimento relevante na quantidade de mulheres privadas de liberdade no Brasil — entre 2000 e 2019 esse número aumentou quase seis vezes — representa um desafio dentro dos muros, mas também fora deles, bem como um desafio de diagnóstico e oportunidades de análises desta oportunidade de reintegração ao mercado de trabalho. É o que afirma a empresária Rachel Maia em sua coluna no Jornal O Globo.

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Por muito tempo a mulher teve papéis secundários na sociedade e, cada vez mais, avança em espaços há pouco tempo considerados masculinos, quebram paradigmas e mostram que, com empenho, dedicação, força de vontade e capacitação, toda pessoa pode executar qualquer tipo de trabalho. No Brasil e no mundo observamos o crescimento em torno do debate acerca da inclusão da mulher. Mas não se ouve falar sobre a inclusão de mulheres egressas.

A mulher, em um contexto normal, já sofre com preconceitos e falta de oportunidade. Em situação de egressa, isto se agrava, pois ela passa da rejeição à invisibilidade. “É preciso dar visibilidade a esse problema, visto o aumento exponencial do número de mulheres que são presas anualmente e consequentemente o aumento do número de mulheres egressas”, afirma Rachel Maia em sua coluna no jornal O Globo.

Historicamente, verifica se que no Brasil cerca de 34% das pessoas que saem da prisão comete outro delito no intervalo de até seis meses após sua saída; cerca de 12%, no intervalo de até 12 meses; e outros 10% incorrem em novos delitos no intervalo de até dezoito meses (SILVA, 2001).

“Apesar de todo o empenho, o Estado não tem conseguido suprir a necessidade de reintegração social do egresso. É preciso um esforço conjunto de toda sociedade para a obtenção do sucesso dessa empreitada”, comenta.

A empreendedora social Marcella Mafra, fundadora da Libertese Negócio Social de Impacto e co-fundadora da marca de moda Libertese Brasil, tem como objetivo dar visibilidade para essas mulheres. Projetos como esses da Marcella, inspira por promover a diferença na vida de diversas pessoas e o impacto social que causa na sociedade.

Buscando ser parte dessa mudança e fortemente atingida pela pandemia, deseja escalar o modelo de negócio, estendendo sua atuação não só para outros complexos penitenciários, mas para espaços externos em situação de vulnerabilidade. 

Embora capacitar egressas seja uma tarefa complexa e onerosa, o cenário de escassez de mão de obra qualificada (costureiras) da indústria da confecção, é vista por ela como uma oportunidade de desenvolver um trabalho de boa qualidade, que exige capacitação formal, alinhado às demandas do mercado, promovendo uma maior chance de inserir a egressa no mercado de trabalho.

Nesse novo formato de negócio social, e com 10 anos dedicado a esse tema, a empreendedora está se organizando como Instituto: O Instituto Libertese. Que possibilitará ampliar as oportunidades de captação de fontes de recursos, ampliando também o impacto social. Seria uma comemoração aos 10 anos de empreitada.

“É de extrema importância a criação e gestão de mecanismos para gerar oportunidade, pois o trabalho é condição importante para que elas possam sustentar a si e sua família, dando-lhes real dignidade através do trabalho e possibilitando cidadania de fato”, diz Rachel Maia.

Incentivar novos caminhos

Em entrevista ao Site MT, Rachel ainda fala sobre o movimento de apresentar iniciativas do terceiro setor na coluna veiculada em um dos maiores jornais do Brasil. “Acredito que falar sobre impacto social e o que tem sido feito por muitos projetos, empresas e organizações precisa e deve ser reverberado pelo maior número de pessoas possíveis. Muitas vezes a sociedade civil não sabe o que tem sido feito ou como tem sido feito e poder ter um espaço como este, que dá voz a outras pessoas além de mim, tem me feito muito bem! Me possibilitando também a aprender e a conhecer mais pessoas e iniciativas”, afirma.

A CEO da RM Consulting comenta que recebe feedbacks variados e inspiradores, incluindo solicitações de pessoas que gostariam de apresentar seus projetos. “Quando falamos de ESG estamos falando de práticas e de impactos reais no meio onde vivemos, os reais impactos que estamos gerando no meio ambiente como cito em minha coluna onde trouxe a história da Marcella Mafra (Libertese), que transforma uniformes usados em ecobags. Para falar sobre questões sociais e de impacto econômico precisamos trazer a economia sustentável e abordar a temática ESG. Seguirei trazendo quantas histórias puder e que me impactarem”, diz.

Ex-CEO da Lacoste no Brasil, Rachel Maia é incentivadora do terceiro setor e fundadora de uma instituição sem fins lucrativos que foca na educação e empregabilidade. “Acredito que a transformação da nossa sociedade só vai acontecer através da educação de qualidade onde as pessoas tenham o maior número de oportunidade de escolha com uma visão mais clara e segura do caminho querem seguir”.

“Meu objetivo é impactar positivamente a sociedade através do meu trabalho, da minha fala e dos espaços que ocupo, sendo assim quero reverberar o máximo de projetos e assuntos possíveis para que através da leitura possamos transformar uma sociedade. Precisamos sair da fala e começar a colocar ações em prática. O terceiro setor é uma das portas para fazermos a prática acontecer“, finaliza.

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