26 abr 2024 | Entretenimento
No momento em que foi lançado o primeiro trailer de “Rivais“, estrelado por Zendaya, Josh O’Connor e Mike Faist, o filme rapidamente se tornou uma das produções mais esperadas de 2024. Mas o que torna a trama tão inebriante vai muito além da cena viral do beijo a três que colocou a internet em frenesi. Veja cinco motivos para assistir ao longa que estreou, na última quinta-feira (25), nos cinemas.
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Em “Rivais”, o cineasta de sucesso Luca Guadagnino traz uma nova abordagem sobre as complexidades das relações humanas, tema recorrente em sua filmografia. Semelhante a obras anteriores como “Me Chame Pelo Seu Nome” e a versão mais atual de “Suspíria“, Guadagnino explora tensão e o contato físico entre os personagens. Com o trio de atores escolhido para o núcleo principal, o filme alcança esse objetivo com maestria.
O enredo apresenta dois amigos tenistas, Art (Mike Faist) e Patrick (Josh O’Connor), cujo relacionamento é abalado quando ambos se apaixonam pela mesma garota, a egocêntrica e talentosa tenista Tashi (Zendaya). Em um triângulo mais erótico do que amoroso, as relações se intensificam até um confronto durante uma partida de tênis, simbolizando não apenas um marco em suas carreiras, mas também a perda de uma amizade e o afeto de Tashi.
Enquanto em filmes anteriores de Guadagnino a tensão corporal envolvia questões como sexualidade, transição de gênero e até canibalismo, em “Rivais”, o esporte assume esse papel, representando encontros e conflitos por meio dos corpos em movimento.
Ok, já poderíamos parar a lista por aqui. Aclamada por papéis como Rue, da série “Euphoria“, e Chani, na saga “Duna“, Zendaya abraça um momento de virada na carreira ao interpretar Tashi, em “Rivais”. Essa é uma das poucas obras em que ela não interpreta uma adolescente, sendo ainda o primeiro filme feito para os cinemas em que ela é a protagonista – além de produtora.
Determinada, egocêntrica e muito talentosa, a personagem é o fio condutor às glórias e aos fracassos dos amigos Art e Patrick. Nas telas, a atriz mostra muita sensualidade e uma moral duvidosa – abrindo margem para ela explorar várias possibilidades em sua atuação.
Ainda que o formato de edição tenha desagradado alguns críticos, pelo constante vai e volta na linha temporal, o trabalho de câmera em “Rivais” vem sendo elogiado. O diretor de fotografia tailandês Sayombhu Mukdeeprom surpreende com a sua cinematografia experimental.
Não é a primeira vez que Mukdeeprom trabalha com Guadagnino. Em “Me Chame Pelo Seu Nome”, a dupla desenvolveu um trabalho de câmera sutil e impressionante. Enquanto isso, em “Rivais”, a proposta é ousada, incluindo perspectivas em primeira pessoa dos jogadores de tênis, tomadas do “ponto de vista” da bola e composição simétrica ao estilo do diretor Wes Anderson.
A trilha sonora composta por Trent Reznor e Atticus Ross pode explicar a tensão escondida nas cenas de “Rivais“. A dupla recorre ao techno pulsante e usa sintetizadores para conduzir a história, realçando as emoções da trama.
E tem Brasil na trilha, viu? A lista de músicas do filme conta, ainda, com uma canção do cantor e compositor baiano Caetano Veloso.
Reznor e Ross já fizeram trilhas sonoras para filmes como “Garota Exemplar” e “A Rede Social”, filme que rendeu à dupla o primeiro Oscar de Melhor Trilha Sonora Original, em 2010. O segundo Oscar veio 10 anos depois, por “Soul”, ao lado de Jon Batiste.
É lógico que um filme com uma das maiores fashionistas da atualidade não poderia deixar de apresentar looks interessantes. Com figurinos assinados por Jonathan Anderson, designer da Loewe e dono da marca JW Anderson, “Rivais” apresenta muitas peças que seguem a tendência normcore, estética que encontra beleza no conforto e naquilo que é considerado como “mais do mesmo” ou “normal”.
Para o longa, Anderson e Guadagnino aproveitaram a relação direta que as marcas constroem com os atletas. “Gostei do fato de ser uma história de como você se torna bem-sucedido por meio do branding. Art, por exemplo, é um recipiente para tudo o que você deseja que ele seja. Então, se ele vai ser Adidas, ele é Adidas. Não há estética é apenas o que querem que ele seja”, comenta Jonathan Anderson em entrevista à W Magazine.
Ficou com vontade de assistir ao filme? Veja o trailer oficial de “Rivais”: