10 fev 2021 | Entretenimento
Durante as interações nas redes sociais, você gosta de ouvir e mandar áudios? Nada de texto ou fotos, a nova rede social Clubhouse só permite a comunicação através do envio de gravação de voz. A plataforma se popularizou nos últimos dias e já conta mais de 600 mil usuários ativos.
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O Clubhouse foi desenvolvido em março de 2020 por Rohan Seth, ex-funcionário do Google; e Paul Davison, empresário do Vale do Silício. Contudo, ganhou mais notoriedade a partir de dezembro. Na última semana, conforme o Google, a busca pelo aplicativo cresceu 525%. A rede ganhou mais destaque após algumas celebridades, como Oprah Winfrey, Chris Rock, Ashton Kutcher e Mark Zuckerberg, adotarem a nova mídia.
Para entrar no Clubhouse é necessário receber um convite ou participar de uma lista de espera. No último caso, o aplicativo sincroniza com os contatos do celular. Se um amigo já estiver na plataforma, ele pode permitir a entrada de um outro contato na rede. Cada usuário pode encaminhar dois convites, mas pode aceitar diversos colegas. Por enquanto, a nova rede só disponibiliza aplicativo para iPhones.
Exclusivo por áudio, o Clubhouse tem diversas salas de bate-papo com duração pré-determinada. Os espaços são definidos por temas, mas também podem ser criadas salas livres para interagir com os colegas.
Com limite de até 5 mil ouvintes, as grandes salas possuem um moderador, que controla o fluxo da conversa, dessa forma, é possível pedir para falar com um emoji de “mão levantada”. Além disso, há também a possibilidade de que somente o criador da sala fale. Vale destacar que os áudios não ficam guardados após o fim da sala.
A influenciadora cearense Themis Briand criou um perfil no Clubhouse recentemente. De acordo com ela, a rede social é ampla e permite o contato com diversos temas. “É como se você estivesse acompanhando um podcast ao vivo, mas, infelizmente, eu não posso acelerar o áudio”, detalha. Logo que o usuário cria a conta, ele deve definir temas de interesse para ser direcionado para salas com o tema. Themis escolheu marketing, finanças e investimentos.
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Com alguns dias navegando na rede social, Themis avalia que o Clubhouse, assim como as demais redes usadas atualmente, tem pontos positivos e negativos.
Entre os aspectos negativos, ela aponta que, para aproveitar bem a nova rede social, é necessário tempo – item cada vez mais valioso em rotinas conectadas quase que o dia inteiro. “Antes do meu marido chegar e depois de colocar meus filhos para dormir, fico durante uma horinha acompanhando as discussões, mas depois disso, não tenho mais tempo”, detalha.
Além disso, o fato de as conversas não ficarem gravadas para serem ouvidas depois é outro ponto negativo apontado por Themis. “Se há uma discussão que te interessa, mas em um tempo que você está ocupada, não tem como ouvir depois. E é necessário tempo para acompanhar as discussões em tempo real”, reforça.
Para Themis, o Clubhouse é interessante, mas devido às limitações de interação em tempo real, se torna menos acessível para gerar conteúdo. “No Instagram e no Facebook você interage com os conteúdos quando puder. Você grava, edita e posta, é mais fácil interagir, não precisa ser ao vivo”, pontua.
Em contrapartida, ela defende que por apostar no formato de áudio, o Clubhouse pode ter grande potencial especialmente para as pessoas com deficiência visual. Em 2017, Themis Briand criou um projeto para ajudar deficientes visuais a se automaquiarem, com um canal do YouTube. “Para quem é deficiente visual, é uma rede social muito incrível. Vai ser muito bom para o meu projeto”, reflete.