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Equipe da Plataforma MT preparou uma lista com cinco títulos sul-coreanos que têm se popularizado pelo mundo, alguns indicados por integrantes do grupo de k-pop BTS

Para além do universo dos doramas e do k-pop, a Coreia do Sul tem conquistado seu espaço também por meio da literatura, com livros que já chegaram a ser recomendados por integrantes do grupo BTS. A “onda sul-coreana” denominada Hallyu, que faz referência à popularização do país asiático em outras partes do mundo, é fator importante para essa disseminação super positiva.

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A popularização é presente também no Brasil, com um número cada vez maior de pessoas apreciando todo o universo de novidades da Coreia do Sul, seja na música, na atuação ou na escrita. Para os leitores de plantão que estão à procura de novos títulos para incrementar a lista de leituras, a equipe da Plataforma MT preparou um compilado com cinco indicações de livros de autoras sul-coreanos.

Confira:

“Amêndoas”, de Won-Pyung Sohn

Livro que inspirou Suga (Min Yoongi), do BTS, em seu último lançamento, o livro “Amêndoas”, da autora Won-pyung Sohn, conta, de forma sensível, uma história sobre bullying, violência e inclusão por meio do personagem Yunjae, que nasceu com uma condição neurológica chamada alexitimia, que é a incapacidade de identificar e expressar sentimentos, como medo, tristeza, desejo ou raiva.

Após passar por uma perda, aos 16 anos, o personagem se encontra sozinho e lutando em silêncio, até a chegada do problemático colega de escola Gon. Com o passar do tempo, Yunjae começa a se abrir para novas pessoas, fato que faz com que mudanças aconteçam dentro dele. Em seguida, ele passa a lidar com coisas novas e até se coloca em risco para sair de sua zona de conforto.

“Kim Jiyoung, nascida em 1982”, de Cho Nam-Joo

O livro “Kim Jiyoung, nascida em 1982”, da autora Cho Nam-Joo, retrata a realidade de uma jovem coreana, Kim Jiyoung, que começa a apresentar sintomas estranhos ao personificar vozes de outras mulheres conhecidas — vivas e mortas. O comportamento estranho da personagem gera estranheza no marido, que a aconselha a procurar ajuda profissional com um psiquiatra.

O título é uma obra poderosa e contemporânea que não só atinge o âmago da individualidade feminina, mas também questiona o papel da mulher em âmbito universal, sobretudo no cenário sul-coreano. Com isso, o livro também aborda sobre os profundos impactos da desigualdade de gênero na vida das mulheres no país asiático, com os comportamentos sempre observados pelos homens.

“Bem-vindos à livraria Hyunam-dong”, de Hwang Bo-Reum

A jovem Yeongju passa a se sentir desmotivada após uma série de frustrações em sua vida. Deixando tudo para trás, ela decide abrir a livraria Hyunam-dong, uma vez que, desde a infância, encontra conforto nos livros. O livro “Bem-vindos à livraria Hyunam-dong”, da autora Hwang Bo-Reun, gira em torno desse processo e das desobertas da personagem sobre si mesma e quem ela quer ser.

A Livraria Hyunam-dong se transforma em um espaço convidativo para que outras pessoas também encontrem conforto, se curem e descubram o que realmente importa. Quando os clientes começam a se sentir confortáveis para compartilhar suas histórias, experiências, esperanças e emoções naquele espaço, Yeongju finalmente sente que encontrou o seu lugar.

“Queria morrer, mas no céu não tem tteokbokki”, de Baek Sehee

Mais um sucesso recomendado por um integrante do BTS, o líder RM (Kim Namjoon), o livro “Queria morrer, mas no céu não tem tteokbokki”, da autora Baek Sehee, é o maior best-seller sul-coreano da atualidade. O título aborda sobre a personagem, Baek Sehee, uma jovem adulta que tem uma personalidade ansiosa e depressiva, a qual se sentia para baixo desde a infância.

Mesmo enquanto cai na risada com seus amigos, Baek sente um vazio interno profundo e que não faz sentido para ela. Quando cresce, descobre um pouco de felicidade com a sua comida de rua favorita, o tteokbokki (famosa refeição na Coreia do Sul), mas percebe que precisa recorrer a uma ajuda mais certeira e eficaz, que a ajude a entender mais sobre si mesma: a terapia.

“Atos Humanos”, de Han Kang

O livro “Atos humanos”, da autora Han Kang, se passa em 1980, período em que o exército reprimiu um levante estudantil, na cidade sul-coreana Gwangju, resultando em milhares de mortos, feridos e desaparecidos. A escritora recontrói esse trágico evento, compilando vozes, vivências, de forma individual e coletiva, oriundas de diferentes personagens na trama.

A história evidencia momento tristes por meio de uma escrita poética, com descrições gráficas de violências perpetuadas e sofridas. Algumas das vozes “ouvidas” no livro é a de um jovem estudante que procura pelo corpo do amigo em meio à multidão de cadáveres no chão de um ginásio, a de um espírito de uma vítima que busca entender a situação por outro plano, e a de uma mãe em luto.