19 jul 2021 | Entretenimento
Se você é um usuário assíduo das redes sociais, já deve ter esbarrado com termos como “afropaty”, “petricinha”, “Preta Patrícia” e “BAP”. Mas afinal, o que significam essas expressões? Elas são usadas para denominar mulheres negras com alto poder aquisitivo que têm um estilo de vida de “patricinhas”, ou seja, que amam ostentar roupas de grife, joias e viagens para o exterior.
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O que diferencia uma patricinha de uma afropaty ou Preta Patrícia é o cunho social e histórico do movimento de mulheres negras. Enquanto as patricinhas valorizam apenas o status e o poder de consumo, as afropatys veem a ascensão social da mulher preta pelo que ela simboliza: a conquista de direitos para a população negra e o combate ao racismo.
Há relatos de que o movimento teve início nos Estados Unidos. Pessoas negras pertencentes à classe média ou alta, engajadas em trazer prosperidade para a comunidade afrodescendente, eram chamadas de “black american princess/prince” (BAP). Personagens do cinema americano, com Dionne Davenport (As Patricinhas de Beverly Hills) e Hilary Banks (Um Maluco no Pedaço), além de artistas como Beyoncé e Rihanna são referências da estética de BAPs.
Um fato curioso é que, em 2012, Chicago inaugurou uma escola voltada só para esse público, a BAP School of Charm, uma instituição que busca empoderar a autoestima de jovens negras. A cantora Michelle Williams, ex-integrante do grupo musical Destiny’s Child, chegou a prestigiar a inauguração do espaço.
No Brasil, se popularizou o uso das expressões “Preta Patrícia”, “afropaty” e “petricinha” para nomear essas personalidades, como uma variação de “patricinha” – diminutivo do nome Patrícia que tem origem derivada do latim “patriciu”, termo usado pelos romanos para designar membros da alta classe social.
A jornalista ex-Profissão Repórter e autointitulada Preta Patrícia, Monique Evelle, autora do livro “Empreendedorismo Feminino”, é uma das representantes da categoria no Brasil. Em uma série de Reels no Instagram, ela fala com muito bom humor sobre como é ser Preta Patrícia e defende a formação de um Sindicato das Pretas Patrícias. Confira: