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Foi em 2018 que a musicista Raquel Martins, 23, teve o primeiro contato com o espetáculo Anjos do Natal, show beneficente promovido por Márcia Travessoni, com direção artística de Fernando Travessoni. Dois anos depois, ela foi convidada para participar do coral do evento. “Há dois anos, eu assisti pela primeira vez e eu chorei de tanta emoção. Para mim, foi o evento mais lindo e eu me imaginei ali. Este ano, fui convidada pelo  maestro da orquestra, Isaías Alexandre,  para cantar ‘I Have a Dream’ do grupo Abba”, relata. 

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Para Raquel, participar do Anjos do Natal neste ano não foi apenas uma realização artística: “Foi humana também, pois é gratificante saber que você ali no palco pode ajudar centenas de pessoas com a sua arte. É impagável”, compartilha. 

Raquel Martins começou a cantar aos onze anos nos festivais anuais de talentos da escola. “Participava todos anos até os 16. Nunca ganhei”, lembra aos risos. Quando entrou na Universidade de Fortaleza (Unifor) para cursar Jornalismo, ela decidiu participar do coral da faculdade. “No Coral da Unifor, eu pude me conhecer musicalmente, entender o que eu podia cantar, o que eu ouvia e também comecei a entender o meu timbre”, conta.

Após sair da Unifor, Raquel continuou estudando música em casa. “Foi neste momento que fiz as minhas primeiras apresentações. A minha primeira peça foi um grande desafio, foi ‘O Fantasma da Ópera‘, na banda da escola de música Chiquita Braga, de Caucaia, a convite do maestro Isaías Alexandre”, lembra.

Até chegar ao Anjos do Natal, Raquel Martins participou de concertos no Theatro José de Alencar e no Teatro São José. Na sala de concertos Mansueto Barbosa, em agosto, a musicista gravou o primeiro DVD solo, que conta com dez músicas variadas, através do Projeto Revelarte.

Paixão e inspiração

A paixão de Raquel pela música começou ainda na infância. “Na igreja, os grupos de louvores me influenciaram muito. Quando eu era criancinha, eu subia em um banco, pegava um microfone de brinquedo ou controle da TV e fazia o meu show solo. As letras me encantam e as melodias me fazem voar”, afirma.

Os pais de Raquel foram essenciais na trajetória musical da jovem. “Meu pai me matriculou várias vezes em aulas de violão, embora eu não tenha aptidão. Já minha mãe também canta e foi professora de canto na igreja, então foi um incentivo a mais”, ressalta, acrescentando que o incentivo vem também por parte dos irmãos e do namorado.

Entre os desafios, o maior para Raquel foi aceitar o próprio timbre e desconstruir padrões. “Fui à fonoaudióloga para ‘engrossar’ minha voz. Depois que entendi minha voz e comecei a estudar pude escolher melhor as canções e conquistar meu espaço – dentro de mim mesma – e depois engatinhar no universo”, detalha.

As inspirações musicais da jovem são ecléticas, do clássico ao rock. “Minha lista do Spotify muitas vezes deve ficar confusa, pois ouço de Elvis, passando pelas óperas Mozart. Gosto muito de ouvir Andrea Bocelli, Il Divo e Celtic Woman“, pontua