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Paixão pelos cães fez designer de moda trocar de carreira e virar adestradora

8 jun 2022 | Lifestyle

Por Jacqueline Nóbrega

Valência Martins é tutora de quatro cães da raça Border Collie e comanda a Líbero Adestramento

Valência Martins é tutora de quatro cães, Alfreddo, Helena, Giuseppe e Valentim (Foto: Arquivo pessoal)

Formada em Moda, foi no amor pelos animais que a adestradora Valência Martins viu nascer uma nova profissão. Durante a pandemia, ela fundou a Líbero Adestramento (@libero.adestramento), que oferece, além de adestramento, uma consultoria quando a família não sabe qual o cão ideal.

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Antes de fundar a empresa, Valência era tutora de três cães, todos da raça Border Collie – Alfreddo, Helena e Giuseppe – e começou a se aprofundar nos estudos sobre comportamento animal para ajudar os próprios animais. “Aos poucos, meus amigos começaram a me pedir ajuda, logo outras pessoas também”. E foi aí que ela viu que era hora de se profissionalizar. 

Valência fez cursos e se especializou na metodologia positiva, que é baseada em trabalhar os comportamentos sem gerar nenhum tipo de dor, sofrimento, medo ou incômodo no cão. “Ensinamos a fazer uma gestão do ambiente que ajude o animal a acertar os comportamentos que queremos e recompensamos sempre, pois todo comportamento que é recompensado, tende a se repetir”, explica.

“O adestramento positivo é para qualquer animal, incluindo animais que não são cães e para todos os tipos de problemas, mas infelizmente, não é para todo tutor, pois exige muita paciência, disciplina, empatia e uma certa mudança de cultura, já que somos criados em uma cultura muito punitiva. Lembrando que ser positivo não significa ser permissivo! Toda casa tem suas regras e são essenciais para o bom convívio”, reforça a adestradora. 

Inclusive, Valência salienta que não é necessário ser veterinário para trabalhar com adestramento. “O veterinário é como se fosse o médico e o adestrador como se fosse o psicólogo. Sou capaz de tratar apenas questões comportamentais e, sempre que necessário, peço auxilio do veterinário responsável pelo animal”.

Valência com um dos seus alunos da Líbero, Café (Foto: Arquivo pessoal)

Participação na rotina

A pandemia e o isolamento social fizeram com que 30% das famílias que tinham pet agregassem um novo membro à família, de acordo com a pesquisa Radar Pet 2021, realizada pela Comissão de Animais de Companhia (Comac) do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Saúde Animal (Sindan). Para 23%, foi o primeiro bicho de estimação da vida.

Nesse cenário, Valência reforça que as pessoas estão se tornando cada vez mais conscientes em relação ao animal que têm em casa. “Elas estão buscando ajuda desde cedo para criar um animal que possa participar da rotina. Mais tutores também estão buscando ajuda para resolver problemas em prol do bem-estar desse animal. Além disso, com a pandemia, surgiram questões que não tem como a família ignorar e seguir a vida normal”. 

Valência reforça que a vantagem do adestramento é ajudar na comunicação entre o tutor e o cão (Foto: Arquivo pessoal)

Apesar de um cão ser uma companhia e trazer muita alegria para a família, a adestradora salienta que criar um bicho traz muitas responsabilidades. “Todos querem um animal, mas nem todos querem ter o trabalho de educar e criar com respeito. Cães são seres que têm emoções básicas, são animais que não têm noção das nossas regras e nem de bem ou mal. Entender o que fazem os cães serem esses animais que tanto amamos é primordial para uma vida em harmonia entre as duas espécies”. 

Valência lembra, ainda, que mesmo sendo adestradora, os cães dela – agora são quatro: após abrir a empresa, ela passou a também ser tutora de Valentim – não são perfeitos e têm dificuldades. “Em 2018, eu comecei a falar do problema do Alfreddo no Instagram. Na época, eu não era adestradora, era uma pessoa comum, expondo o problema do meu cachorro, que era reativo. Na época, chamou a atenção de muita gente que tinha o mesmo problema. Eu me sentia sozinha, mas quando comecei a expôr isso, percebi que tinham muitos cachorros com o mesmo problema”, relata.

Vida real

“Gosto de mostrar a nossa realidade, principalmente no Instragram, porque realmente acredito que nós não conseguimos consiga alcançar a perfeição – nem humanos, nem cães –  e, querendo ou não, isso tira um peso enorme dos tutores que estão constantemente se comparando nas redes sociais”, acrescenta. 

Por fim, ela salienta as vantagens de adestrar um cão. O principal ponto destacado pela adestradora, é ajudar na comunicação entre as duas espécies. “Apesar estarmos em um centro urbano, cães ainda são animais que precisam ter suas necessidades básicas atendidas. Um animal que tem essas necessidades atendidas, é um animal com tendência  a estar equilibrado e convivendo melhor com sua família e com a sociedade. O adestramento é muito além de truques, é algo libertador quando você encontra um profissional que te respeita e que, acima de tudo, respeita o seu animal”. 

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