Márcia Travessoni – Eventos, Lifestyle, Moda, Viagens e mais

Com afeto e sem pressa. Assim, a artista plástica e fashion designer Cris Arruda caracteriza a própria arte. Os itens produzidos por ela – uns para decorar a casa, outros para adornar o corpo – trazem cores e estampas que lembram aquele aconchego de vó. Por meio de pratos, xícaras, quadros, bolsas, entre outros produtos, Cris expressa a criatividade e a visão de um mundo mais alegre.

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Com formação em Arquitetura, Cris conta de onde surgiu o apreço pelo arte. “Sempre pintei e desenhei, desde criança. Minha avó me ensinava tudo que ela sabia de ‘manualidades’. Vovó me ensinava a costurar, a fazer crochê e fui absorvendo. Quando cresci, queria fazer o curso de Belas Artes, mas não tinha aqui [em Fortaleza]. Então, resolvi fazer um curso que fosse mais próximo das artes plásticas. Trabalhei como arquiteta por dez anos, mas nunca parei de pintar”, conta.

No currículo, Cris Arruda também coleciona passagens pelo DFB, onde ganhou o tradicional concurso dos Novos Talentos, em 2000, ao lado da irmã Roberta Arruda, que é designer de moda. “Minha irmã desenhava as roupas, mas quem fazia os bordados e pinturas, era eu. Quando a gente ganhou, comecei a trabalhar só com roupa e deixei a arquitetura. Tive meu ateliê e trabalhei com algumas marcas grandes daqui”.

O ritmo intenso de produção de Cris, voltada para moda, precisou desacelerar em 2015, quando a artista descobriu uma doença na coluna. “Tive duas hérnias de disco e não conseguia andar. Eu vivia tão estressada que comecei a ficar doente de forma física e psicológica. Tive que fazer uma cirurgia e parar tudo”.

Recomeço colorido

Foi dentro de casa que Cris Arruda reencontrou um olhar mais atento e calmo para as telas, sejam elas quais forem. “Já que eu não podia fazer nada, nem me preocupar com nada, comecei a pintar com outro olhar, com mais detalhes e a trabalhar a pintura de forma mais introspectiva. Passei um ano nessa transição até deixar a moda de vez”, lembra.

Em 2016, a artista iniciou oficialmente a produção de itens de decoração – tudo mais que a criatividade permitisse – na “Artes da Cris Arruda“. “Queria alguma coisa que tivesse a ver com a arquitetura. Sempre gostei de casas e espaços. Mas também tinha que ter alguma relação com a moda. Queria ligar a arte a esses meus dois universos“, conta.

“A pressa me fez adoecer. O ritmo do fast fashion é muito intenso e aquilo estava me fazendo mal. Quando comecei a fazer esses itens, queria um produto afetivo, que tivesse emoção e um valor agregado de sentimento”,

afirma Cris Arruda.

Hoje, Cris trabalha com o esposo Francisco Queiroz e a filha Marina Arruda. “Faço a arte de todas as peças. Meu marido fica na parte da produção e minha filha fica mais na parte de acabamento e cuida do site. No final, todo mundo faz tudo (risos)”.

Adornar a vida

Além de levar carinho para as pessoas por meio da arte, uma das missões de Cris também é produzir itens acessíveis. Entre os produtos da “Artes da Cris Arruda”, os clientes podem adquirir quadros, xícaras, almofadas, bolsas e até colares. Interessados podem acessar o Instagram da artista ou o site do ateliê.