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Consumidores devem ficar em alerta com falsificação de móveis

10 dez 2024 | Living

Por Jacqueline Nóbrega

É importante valorizar o trabalho dos designers, e não consumir produtos falsificados

A poltrona Mole, do designer Sérgio Rodrigues, é vítima de falsificação no Brasil (Foto: Reprodução)

Na última semana, no Rio de janeiro, uma operação da polícia apreendeu mais de 100 móveis falsificados, que estavam sendo vendidos como se fossem do designer brasileiro Sérgio Rodrigues, que criou a poltrona Mole, ícone do design nacional

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Alexandre Jereissati, diretor administrativo da Ouvidor, loja especializada em móveis e tecidos finos, alerta para que as pessoas fiquem atentas na hora de investir em móveis para suas casas. Ele também explica que comprar uma obra original garante, por exemplo, toda a cadeia produtiva relacionada ao produto.

Comprar produtos autênticos de arte aplicada, além de garantir os direitos autorais do designer, garante também toda a cadeia produtiva relacionada, desde a utilização de madeira com procedência ambiental regular, geração de empregos formais, pagamento de impostos, emissão de documentação fiscal adequada, enfim, todos os problemas que decorrem da pirataria e da informalidade se aplicam, quando se opta por renunciar à autenticidade. Assegura ainda garantia de preço para revenda, assistência técnica, dentre outros benefícios”, explicou, em entrevista ao Site MT

Com o ambiente digital, Alexandre explica que a venda de móveis falsificados aumentou, o que causa impacto negativo para quem trabalha no mercado. “Há diversos marketplaces digitais que permitem o anúncio e a venda de peças de design sem licenciamento, alavancados por patrocínio, patrocínio do Instagram, dentre outros. Desse modo, cria-se todo um ambiente de promiscuidade comercial no universo digital, que impacta fortemente no segmento”.

Ele alerta que, para se ter certeza que o produto é original, é importante comprar em revendedores autorizados. “Deve se verificar se há na peça itens de identificação de autenticidade, como selos do fabricante licenciado, que normalmente identifica seus produtos. Produtos originais ainda são acompanhados de certificados de autenticidade”. 

Justificativa

Alexandre ainda justifica que o baixo custo não é uma justificativa para se comprar uma peça de origem duvidosa. “As peças autênticas de arte aplicada são produtos sofisticados, têm processos de concepção e desenvolvimento complexos que consomem anos de estudo e preparação, além de que os próprios processos produtivos são extremamente criteriosos. Consumir falsificação, de certa forma, cria uma situação de cumplicidade criminosa, é uma questão de fundo ético. Há peças interessantes de design produzidas para os mais diversos públicos ou que já caíram em domínio público, o que ocorre 70 anos após o falecimento do titular original dos direitos autorais”. 

Por fim, ele celebra a criação da Associação Brasileira de Design Autoral (BRADA), que acredita ser um divisor de águas no Brasil. “Em prol da moralização e proteção dos direitos autorais e propriedade intelectual, atuando na divulgação do design autoral e no combate a cópia”.

A associação reúne designers, licenciadores, licenciados, produtores, revendedores, antiquários de design autoral brasileiro ou internacional nas áreas de mobiliário, iluminação, artigos e objetos de decoração, como também convidados. 

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