22 mar 2022 | Moda
Sucesso na internet desde o ano passado, acessório surgiu no século XIX ganhou espaço também nas passarelas
Presente nos desfiles de diversas marcas nas Semanas de Moda de Nova York e Milão, a balaclava é um acessório um tanto quanto polêmico, mas que promete bombar – pelo menos fora do Brasil. O gorro, que na versão original deixa visível apenas os olhos, foi criado para proteger os soldados do frio durante a Guerra da Crimeia, no século XIX, mas virou um item fashionista nos últimos tempos.
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Vista já nas semanas de moda de 2021, a balaclava vem sendo usada por pessoas de países mais frios desde esse período. Segundo dados do Pinterest, desde novembro do ano passado, a busca pelo termo cresceu 230% na rede social. Já no TikTok, é possível encontrar quase 200 mil vídeos com a hastag Balaclava.
Realizada no início de fevereiro, a New York Fashion Week trouxe o adereço em diversas propostas para a coleção de outono/inverno. As releituras vêm deixando o rosto bem mais à mostra e combinando com o restante da roupa, desde modelos mais discretos até versões com pelúcia.
Em Milão, a Gucci apresentou uma coleção em collab com a Adidas, trazendo a balaclava em uma proposta mais esportiva, feita de tricô.
Queridinha entre famosos como Billie Eilish, Justin Bieber, a balaclava tem gerado polêmica nas redes sociais. Muitos ativistas do movimento negro levantaram a questão de que pessoas negras podem sofrer racismo ao sair nas ruas com o adereço. No twitter, o ex-BBB João Luiz Pedrosa comentou sobre o privilégio branco de poder usar o acessório sem ser interpretado de forma errada. “Balaclava é uma coisa que na rua só branco pode usar”, disse.
Em 1854, durante a Guerra da Crimeia, tropas britânicas e irlandesas foram enviadas para lutar contra russos em um período de temperaturas muitos baixas e, como só haviam levado o uniforme de verão desgastado, não conseguiram ter um bom desempenho nas batalhas.
Quando essa informação chegou ao Reino Unido, as mulheres dos soldados decidiram tricotar vários gorros que cobrissem todo o rosto dos soldados, para que pudessem se proteger do frio durante o conflito, na cidade portuária ucraniana de Balaclava, que deu nome ao acessório.