Márcia Travessoni – Eventos, Lifestyle, Moda, Viagens e mais

A Capulana foi criada pelas irmãs Raíssa e Rafaela Dumont e teve o nome inspirado no tecido colorido que as mulheres africanas amarram na cabeça

De um projeto de irmãs à brand queridinha entre influencers e que faz sucesso nos Estados Unidos – essa é uma das maneiras de resumir a recente e já relevante trajetória da Capulana, marca cearense fundada em 2017. Criada pelas irmãs Raíssa e Rafaela Dumont, quando nasceu, a marca tinha como carro-chefe as cangas estampadas, desenvolvidas por Raíssa, que também é a estilista. Hoje, o destaque são as camisas, feitas 100% em linho.

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Pouco depois de ser lançado, o projeto ficou parado por cerca de 1 ano e meio, após as fundadoras decidirem se dedicar a outros projetos. Durante a pandemia, no entanto, elas retomaram o projeto e a marca viveu um ‘boom’, sendo procurada por influenciadoras digitais e grandes nomes da moda, e atualmente está presente em uma multimarcas em Miami.

“Foi um grande boom que nós não esperávamos. Esperávamos, claro, que a marca acontecesse, mas não dessa forma, tão orgânica. No meio de uma pandemia, a marca cresceu de uma forma muito grande”, 

lembra Raíssa sobre o crescimento orgânico da marca.

Rafaela Furlanetto, diretora criativa da Vicenza, foi uma das que se encantou com o trabalho da Capulana: ela abordou Raíssa durante um evento na Meia Sola, em Fortaleza, e pediu uma peça. “Ela ficou louca. Chegou para mim e falou ‘Pelo amor de Deus, eu preciso saber de onde é a sua camisa’. Eu estava vestida com uma camisa bordada. Expliquei que era da Capulana, minha marca, e ela se apaixonou. Nós trocamos contato, e ela pediu a camisa para fazer lives, disse quer participar do nosso próximo shooting enviando sandálias da Vicenza”. 

Outras influenciadoras, como Paulinha Sampaio, Maira e Priscilla Silva, também entraram em contato com as fundadoras da marca em busca de peças. Tudo de forma orgânica, sem trabalho de marketing.

“Nós temos muito a agradecer. Nossos próximos passos, queremos trilhar de uma forma não tão orgânica, queremos pessoas específicas usando nossas peças. Mas o orgânico sempre vai existir, porque a marca se criou dessa forma. Nós sentimos muito gratidão por essas mulheres maravilhosas que usaram a Capulana”, reforçou Raíssa.

Identidade slow

Apesar do sucesso entre o público ávido por novidades quase em tempo real, a Capulana é adepta do slow fashion. “Não é algo para ser descartado muito fácil, essa não é nossa intenção. Sempre escolhemos tudo da melhor qualidade. Eu não quis trabalhar com poliéster, quis trabalhar com tecido natural”.

O nome, Capulana, faz referência ao tecido colorido que as mulheres de Moçambique amarram na cabeça. As irmãs têm, ainda, outra sócia, Marília Gomes, para se dedicar ao setor financeiro, já que identificaram que aquele não era o forte delas – Raíssa é estilista e Rafaela é arquiteta.

Para os próximos meses, Raíssa adiantou que a marca está desenvolvendo uma collab em parceria com marca de joias.

Atualmente, é possível comprar a Capulana de forma digital, através do WhatsApp.

Estúdio criativo

Raíssa Dumont, em sociedade com a também estilista Renata Priscila, ainda está à frente do CRE.AN.DO, um estúdio criativo que também cresceu em meio à pandemia.

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“Tudo somos nós duas que criamos e desenvolvemos. Trabalhamos com shooting e grandes nomes, pessoas que acreditam muito nosso trabalho. É um estúdio que traz um olho novo e inovador às marcas. A cada cliente que nós pegamos, buscamos desenvolver algo bem diferente e único para eles”. 

Com o estúdio, Raíssa e Renata já desenvolveram trabalhos com marcas como a Tallis Joias, Joy e a própria Capulana.