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“Não importa o lugar que você esteja, o que importa é encontrar o paraíso dentro de você”, diz Paula Villas-Boas, da Bikiny Society

12 maio 2018 | Moda

Por Lucas Magno

Paula Villas-Boas desembarcou em solo cearense para apresentar no último dia de DFB Festival 2018 a coleção da Bikiny Society, no qual é diretora criativa. Com o tema “Aloha”, a coleção foi inspirada na experiência de Paula em uma ilha do Havaí, de nome Kauai.

“As minhas inspirações são sempre baseadas nas experiências que eu vivo na minha vida. E eu escolho sempre os lugares mais inóspitos e selvagens para desbravar, para daí entrar e submergir na cultura local, e extrair as minhas referências para fazer o que a gente fez hoje na passarela”, explica ela, logo após o desfile, em entrevista ao Galeria MT.

“Essa coleção se chama Aloha porque ela seu deu, obviamente, na ilha mais selvagem do Havaí, que se chama Kauai. Eu fui em em várias, mas Kauai me tocou. Ela é muito profunda e selvagem, mas tem uma leveza no mar que eu achei surpreendente. Porque ao mesmo tempo que você vê aquela natureza tão forte, exuberante, você também percebe que as pessoas são livres e leves, que parecem viver em outro estado de espírito. Eu tenho uma frase que me regeu nessa coleção toda que é ‘paradise it’s not a place, it’s a feeling’. Independente de eu está naquela lugar incrível, eu fico até arrepiada de falar, foi um sentimento que me tocou lá. Então eu quero conectar as pessoas todas e dizer ‘não importa o lugar que você esteja, o que importa é encontrar o paraíso dentro de você’. Esse sentimento foi o que perdurou em toda a minha coleção”.

Nas peças apresentadas pela Bikiny Society neste sábado (12), foi possível ver bordados manuais, pintura e tie-dye. Paula explica que ela quis explorar as mãos dos artesãos no sentido de comunicar as pessoas que estão por trás desses trabalhos. “Esse sentimento [de Kauai] se desdobra em várias coisas que contam essa história também, através dos tecidos, dos linhos, das coisas naturais, dos trabalhos manuais feito nos crochês de ráfia, dos bordados… Tudo tem muita verdade, muita vida. O poncho apresentado no desfile foi todo feito em um tear manual e levou 15 dias para ficar pronto. Tinha também técnicas de shibori, que é um tie-dye em um chemise oversized. A peça final foi uma idealização da minha cabeça que queria eternizar a imagem da mulher que me fez criar essa coleção. Ela estava olhando para o paraíso, com um mapa desenhado embaixo, submergindo no azul do tie-dye. Isso queria dizer que ela é do mundo, mas que apesar disso, sempre volta pro lugar dela”.

Essa ideia de mulher do mundo também conta a história da própria Paula, que reside há 10 anos no exterior, e atualmente mora em Miami (EUA). “Morava na Suíça, já morei nos Estados Unidos, na França… A Bikiny é como eu, a gente quer ganhar o mundo, mas nunca vai esquecer de onde veio”.

É por isso também que ela sempre faz questão de participar do DFB Festival. “Eu sou apaixonada por esse festival. Sou uma verdadeira fã do Cláudio [Silveira, idealizador do evento] por ele ter feito tudo que fez, pioneiro nessa área de festival autoral de moda. Posso ir para a lua, mas continuo voltando pra cá. Porque é nele que eu acredito, no evento, na verdade das pessoas que criam… Para mim, está aqui é um orgulho imenso”.

Paula ainda faz questão de falar da sua equipe em Fortaleza, que lhe ajuda a tornar tudo que a diretora criativa pensa em realidade. “Sem eles eu não sou nada, não sou ninguém. Eu digo sempre a eles que  Bikiny é a junção de todos os nossos talentos. O processo criativo se inicia e finaliza em mim, mas a parte do meio é executada pelas pessoas que Deus botou no meu caminho”.

“Não importa onde a gente vá, se o produto é feito com todo amor e poesia, como a gente faz, ele vai ser sentido. As pessoas falam da Bikiny como falam de mim, que tem uma energia que existe que vai além do produto em si. E eu acho que pra gente criar uma marca, um comportamento, uma atitude, e realmente ser uma marca reconhecida, tem que ter verdade. E eu acho que isso se sobressai nas peças. A gente tá sendo cada vez mais admirado, respeitado por isso, por as pessoas entenderam que ali tem algo mais profundo, além do biquíni”.

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