Márcia Travessoni – Eventos, Lifestyle, Moda, Viagens e mais

Entre em contato conosco!

Anuncie no site

Comercial:

[email protected]
Telefone: +55 (85) 3222 0801

‘Acredito que o mês de junho é o mais festivo do ano’, diz Chambinho do Acordeon em live

16 jun 2020 | Notícias

Por Tainã Maciel

“Coloquei minha farda”, brincou Chambinho do Acordeon ao ajustar o chapéu de couro e ‘abraçar’ a sanfona no início da live com Márcia Travessoni, nesta terça-feira (16). O bate-papo musical foi transmitido no Instagram da publisher do Site MT, com apoio do Hospital Gênesis, e abordou as preciosas memórias juninas do artista, além de partilhar a experiência de interpretar o Rei do Baião, Luiz Gonzaga, nas telonas. “O que seria do homem sem a arte e sem a cultura? A minha primeira lembrança de São João é a fogueira, as músicas e as danças. Acredito que o mês de junho é o mais festivo do ano porque é comemorado em todo o Brasil”, afirma.

Chambinho do Acordeon descobriu cedo o talento musical que tem. Ainda criança, aprendeu a tocar sanfona com o avô. Em 2011, foi selecionado entre cinco mil candidatos para interpretar Luiz Gonzaga no filme “Gonzaga – de pai pra filho”, de Breno Silveira. “Foi o maior desafio da minha vida. Interpretar o maior de todos, aquele que apresentou o forró ao mundo. Foi difícil porque sempre fui muito tímido e me empenhei ao máximo para cumprir o papel”, falou emocionado.

LEIA MAIS >> Totonho Laprovitera representará o Ceará no ‘São João do Nordeste’, da TV Globo

Playlist MT: relembre músicas do sanfoneiro Waldonys

Márcia Travessoni conduziu a live sobre memórias juninas

Na época do filme, Chambinho mudou-se para o Rio de Janeiro e se dedicou ao trabalho como ator por meses. “A sanfona me levou para o cinema, mas tive que aprender esse novo ofício. Apesar das leituras de texto diárias e ensaios, assistia peças à noite. Cheguei a perder 12 kg em dois meses para o papel”, conta.

Apesar do ótimo desempenho no cinema, a música sempre pulsou mais forte para o cantor. “Fui convidado para trabalhar como ator, mas eu estava doido pra tocar sanfona, sempre quis viver disso. Muita gente achava que meu cachê era alto depois do filme e não me contratavam. Fiz uma apresentação no Faustão e no dia seguinte um empresário da Bahia me ligou e comprou oito apresentações, de lá pra cá não parei mais”.

“Eu sou é sanfoneiro”, diz Chambinho do Acordeon.

Atualmente, Chambinho trabalha em sua carreira solo e já gravou cinco CDs e dois DVDs, com participação de Dominguinhos, Fagner, Flávio José e outros. Ritmos como forró, baião, xote e xaxado, compõem o repertório do músico, que, além da sanfona, também domina a zabumba e o triângulo.

De origem humilde e coração grande, Chambinho fez questão de ajudar profissionais da música, principalmente durante o isolamento social. O artista fez uma live solidária para arrecadar doações aos músicos e profissionais que trabalham nos “bastidores” e estão sofrendo com o impacto socioeconômico neste período.

“Estamos que aqui para mostrar que existe toda uma cadeia por trás da época junina. Ela envolve setores que estão sendo afetados, como técnicos, quadrilheiros, turismo e gastronomia. Participo de muitos grupos de sanfoneiros e está muito difícil. Se você quer ajudar, escute músicas desses artistas de bares, procure seus canais no Youtube que já ajuda no alcance”, orienta.

No final da live com Márcia Travessoni, Chambinho animou os espectadores cantando um dos “hinos” do São João, “Asa Branca“, mas também pegou o cavaco para tocar uma música de Gonzaguinha com os versos iluminados – quase um recado para nós – sobre a vida:

Eu sei
Que a vida devia ser
Bem melhor e será
Mas isso não impede
Que eu repita
É bonita, é bonita
E é bonita

Publicidade

VEJA TAMBÉM

Publicidade

PUBLICIDADE