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MaxiModa 2019: Betty Prado apresenta a experiência da Bemglô no mercado online e offline

9 ago 2019 | Notícias

Por Lucas Magno

Para a primeira palestra do turno da tarde, o MaxiModa 2019 trouxe Betty Prado, para falar sobre a rede do bem criada pela Bemglô, plataforma de conteúdo e e-commerce colaborativo de marcas brasileiras veganas, de slow fashion ou produção artesanal, que ela criou juntamente com o casal Glória Pires e Orlando Morais.

A Bemglô nasceu em novembro de 2014 com o objetivo de trazer um negócio de e-commerce, mas também com a produção de conteúdo. Betty afirmou que esse foi o primeiro grande desafio para a construção desse projeto, já que todos falavam que não tinha como isso funcionar. Mas o trio não desistiu e deu início a essa rede do bem, com a ideia de compartilhar histórias e práticas de bem-estar.

Mas além disso, na prática, Betty encontrou um novo problema: conseguir separar a marca da figura de Glória Pires. “O que a gente percebeu no começo era que as pessoas interagiam nas redes sociais como se a conta fosse apenas da Glória, e não da Bemglô”, afirma.

Para solucionar isso, o trio criou ações, que além de conseguir fixar a marca para o público, ainda trazia um dos principais lemas deles: a sustentabilidade. “Hoje, percebemos que essas pessoas continuam com a gente e que agora são pessoas mais consciente e seguem os ideais da Bemglô”, completa.

O crescimento foi um trabalho lento. Mantendo os ideais de sustentabilidade e bem-estar, além dos produtos, a Bemglô continua produzindo conteúdo diariamente, além de textos especiais da Glória Pires. Os produtos são 100% brasileiros, feitos à mão, muitos reaproveitando outros materiais.

Em 2019, a Bemglô estava preparada para o próximo passo, sair só do online e tentar jogar também no outro lado. A primeira loja foi aberta este ano, na Oscar Freire, em São Paulo, uma das ruas mais baladas do País.

O desafio agora não era apenas abrir a loja física, mas conseguir manter os ideais de sustentabilidade durante esse processo e também não trazer produtos absurdamente caros para os consumidores.

Tudo foi pensado nos mínimos detalhes, desde a localização até o projeto arquitetônico. “Quando escolhemos a Oscar Freire, o objetivo era quebrar a bolha daquela região e levar para pessoas que ainda não conhecem o consumo consciente”, declara.

A loja é uma grande experiência, desde a entrada até os seus produtos. A ideia de contar história é algo bastante enfatizado pela Betty e algo presente também na loja. Cada produto tem uma bagagem, desde quem fez e como ele chegou até lá. Isso é passado para o consumidor. “Construímos a loja para impactar as pessoas de uma forma positiva. Eles saem mais conscientes e, mesmo quando não compram nada, conseguimos ver que elas saem mais felizes com a experiência”.

Mesmo com todas essas conquistas, Betty afirma que ainda é um desafio conseguir fazer com que o consumidor entenda o que está comprando e valorize o produto. “Precisamos pensar nos nosso hábitos. Uma pequena mudança no nosso dia-a-dia pode transformar o Planeta. Se a gente não assumir o compromisso de mudar, não vai ter futuro”, enfatiza.

Mesa-redonda

Após a palestra, a conversa continuou com a presença da anfitriã Márcia Travessoni, Lélio Matias, presidente da SindRoupas, e o estilistaDavid Lee, com mediação de Jackson Araújo.

A conversa foi aberta para perguntas e tratou de temas como a educação do consumidor, além de mais detalhes sobre a construção da Bemglô. Betty aproveitou para falar dar uma dica para os novos empreendedores: “Se você tem um propósito, se junte com pessoas que pensam como você para criar uma potência a partir desses bons encontros”.

Além disso, David Lee falou da importância de manter a sua verdade, independente da área. Betty completou falando que “a verdade é o primeiro passo. O que você fala precisa ser colocado em prática”.

Um outro ponto que trouxe uma discussão importante foi o local da indústria nesse momento de reaprendizado da moda. Lélio trouxe à tona os problemas causados pela pirataria. Enquanto Jackson completou falando da necessidade de pensar também em uma sustentabilidade social. “Se uma pessoa não tem condições de comprar uma calça de R$ 100, apenas uma de R$ 40, de quem é o problema?”, questionou o jornalista.

Fotos: Eri Nunes

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