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Natural de Guaramiranga, o cientista Fernando de Mendonça está entre as personalidades homenageadas pelo Sistema Verdes Mares na 49ª edição do Troféu Sereia de Ouro. Aos 94 anos, o cearense é protagonista de um trajetória brilhante no âmbito da ciência espacial no Brasil, atuando como primeiro diretor-geral do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), pesquisador para a Nasa e um dos responsáveis pela criação do Programa Espacial Brasileiro.

Na infância, a disciplina e a curiosidade para desbravar o espaço levaram Fernando a cursar aviação civil no Aeroclube durante a juventude e depois a se aventurar em aulas de instrutor de aviação. Sua carreira na Aeronáutica fundamentou-se no Rio de Janeiro, onde cursou a Academia da Força Aérea. Em São Paulo, cursou Engenharia Eletrônica do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e, entre 1959 e 1961, fez doutorado na Universidade de Stanford, na Califórnia, na área de Radiociência. Ainda trabalhou como Oficial Aviador na Força Aérea Brasileira e foi Aviador Naval da Marinha dos Estados Unidos.

Nos EUA, atuou como cientista visitante, com apoio da Nasa. Foi ainda diretor científico do Grupo de Organização da Comissão Nacional de Atividades Espaciais, precursora do Inpe, onde ocupou o cargo de primeiro diretor-geral.

Fernando também teve papel crucial na construção do Programa Espacial Brasileiro, na busca de pesquisadores e na formulação da estrutura do projeto. A iniciativa atua na pesquisa e no desenvolvimento de tecnologias de satélites, de veículos lançadores e exploração espacial.

Nos dias atuais, o cientista trabalha no setor privado e investe na área de telecomunicações via satélites, além de representar corporação norte-americana do setor espacial. Seus esforços agora se voltam para a criação de um instituto de pesquisas científicas e tecnológicas especializado em energias limpas e alternativas no Ceará.

Assim como Fernando de Mendonça, serão homenageados com o Troféu Sereia de Ouro em 2019, a desembargadora Iracema do Vale, o artista Espedito Seleiro e o médico Sulivan Mota.

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Foto principal: Inpe