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Exposição “Baile Funk: un cri de liberté”
é também a primeira exibição internacional do Museu de Arte do Rio de Janeiro

O artista visual cearense Blecaute foi convidado a participar na última sexta-feira, 20, da abertura da exposição “BAILE FUNK: un cri de liberté” no Maison Folie Wazemmes, em Lille, na França. Essa é a primeira exibição internacional do Museu de Arte do Rio e celebra o Ano do Brasil na França – iniciativa que comemora o bicentenário das relações entre os dois países. A participação do artista cearense contou com uma performance de live paiting (pintura ao vivo) que culminou na obra “Fortal is Burning”, que celebra a cultura do funk fortalezense e agora parte do acervo da mostra em cartaz na cidade francesa até setembro.

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Natural de Fortaleza, da comunidade do Riacho Doce, no bairro do Passaré, Blecaute se destaca por trazer a negritude e a periferia como protagonistas de seu trabalho, usando cores, figuras, imagens e expressões para repovoar o imaginário das narrativas negras e periféricas no país. Foi o primeiro artista visual cearense a colaborar com a marca Kenner e suas obras já percorram o país passando pela Feira de Arte Contemporânea de Pernambuco (ART*PE) e pelo Museu de Arte do Rio. Atualmente, o Museu de Arte da UFC (MAUC) recebe sua primeira exposição individual intitulada “EU NÃO TENHO MEDO”.

A exposição “BAILE FUNK: um cri de liberté” (BAILE FUNK:  um grito de liberdade) já abrigava no acervo três obras do artista: “Only Colored” (2022), “Filhos de um Deus que dança” (2022) e “Festa de Preto É Pra Se Libertar” (2022). Agora também a obra realizada ao vivo durante a abertura, “Fortal is Burning”, será exposta na mostra que segue em cartaz no Maison Folie até o dia 21 de setembro.

“É muito especial para mim estar vivendo esse momento, enquanto um artista favelado do Conjunto Riacho Doce, poder levar o nome do meu bairro e poder falar sobre tantos artistas de Fortaleza que estão lutando todo dia para fazer acontecer. De fato, essa exposição foi como uma celebração: de nossas vitórias, de nossa resistência, falando sobre nossa felicidade, sobre a abundância, sobre o futuro, mas também recapitulando o passado. Muito feliz com essa troca e muito feliz de poder criar novos imaginários e novas perspectivas, não só para mim, mas para o futuro da arte em Fortaleza também”, declarou o artista.