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Cearenses produzem cosméticos sustentáveis à base de alga

15 mar 2020 | Notícias

Por Redação

Ricas em proteínas, sais minerais e celulose, as algas do gênero Gracilaria possuem forte ação de limpeza e anti-acne, chegando a prevenir contra rugas e combater a flacidez e a queda de cabelo. Na comunidade de Barrinha, em Icapuí, a matéria-prima serve de fonte de renda para um grupo de moradoras que transformam alga em cosméticos sustentáveis que movimentam a economia local.

A iniciativa faz parte do Projeto Mulheres de Corpo e Alga, que por sua vez é desenvolvido e monitorado pela Fundação Brasil Cidadão. Desde 2001, a fundação capacita famílias da região para o cultivo sustentável de algas marinhas em um ecossistema único, chamado de banco de algas, e a produção posterior de produtos. Antes disso, as algas encontradas na região eram vendidas para empresas internacionais, e pouco contribuíam para o sustento da comunidade.

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Sabonete líquido à base de algas

Embora recebam ajuda dos companheiros, as mulheres são maioria em todo o processo. Como explica Aldeneide Maria da Silva, integrante do projeto e uma das responsáveis pela produção de cosméticos: “Somos oito famílias: seis mulheres e dois homens trabalhando no cultivo de algas em mar aberto e com beneficiamento em terra”.

Ela explica que o processo de plantio das algas dura em torno de 30 dias. Passado esse período, a matéria-prima é colhida e disposta em esteiras, onde é lavada e colocada para secar. Após essa fase, inicia o preparo dos produtos de beleza, que demora em média 24 horas. O resultado são shampoos, sabonetes (em barra ou líquido), hidratantes para a pele e até sabões.

Com preços acessíveis, que variam entre dois e 15 reais, os itens são feitos e comercializados na sede do projeto, em Barrinha. “Lá, recebemos grupos de universitários e turistas e é nesse espaço que vendemos os produtos. Também participamos de feiras dentro e fora do município e realizamos entrega pelos Correios“, detalha Aldeneide.

Reconhecimento

O Projeto Mulheres de Corpo e Alga é reconhecido nacionalmente. A iniciativa foi selecionada pelo Ministério do Meio Ambiente para o livro Boas Práticas de Educação Ambiental na Agricultura Familiar e já recebeu o Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social 2009, e o Selo Mercado Mata Atlântica, em 2012.

Premiações emolduradas na estante

O negócio deu tão certo que o projeto ganhou ramificações em Flecheiras, onde ocorre uma produção paralela, em menor escala. Atualmente, as participantes do projeto em Icapuí compartilham suas experiências com outras comunidades em oficinas abertas ao público.

Serviço

Projeto Mulheres de Corpo e Alga
Endereço: Praia de Requenguela, Icapuí – CE, 62810-000
Tel.: (85) 3268.2778/3264.0156 (Fundação Brasil Cidadão)
E-mail: faleconosco@brasilcidadão.com.br

Fotos: Divulgação

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