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Cientista política avalia Brasil no Fórum Econômico Mundial: ‘Retomamos a confiança dos investidores’

24 jan 2020 | Notícias

Por Redação

A cidade de Davos, na Suíça, foi o ponto de encontro da elite internacional nos últimos quatro dias, em mais uma edição do Fórum Econômico Mundial. O evento, que reuniu lideranças políticas, ONGs e personalidades para discutir soluções para problemas globais, terminou nesta sexta-feira (24) fazendo um alerta sobre a preservação do meio ambiente.

O Brasil foi representado no encontro pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e uma comitiva de autoridades e personalidades, como Luciano Huck. A convite do Site MT, a cientista política e gerente do Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), Karina Frota, fez uma avaliação da participação brasileira no fórum e as repercussões locais do que foi discutido por lá.

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De acordo com Karina, o saldo positivo do Fórum Econômico Mundial para o Brasil foi a retomada da confiança por parte dos investidores estrangeiros.

“No balanço geral do que aconteceu, o governo federal pareceu estar muito atento às demandas que foram colocadas. O que percebemos é o Brasil retomando a confiança dos investidores”, declara.

Apesar da fala polêmica de Guedes no primeiro dia do evento, quando afirmou que “o pior inimigo do meio ambiente é a pobreza”, o discurso da equipe do governo nos demais encontros do fórum foi de defesa ao meio ambiente e de incentivo ao capital estrangeiro.

Em Davos, Paulo Guedes apresentou um Brasil aberto ao mercado internacional

Um fator que favoreceu a imagem do País no fórum foi a divulgação de um relatório da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (Unctad), segunda (20), posicionando o Brasil na quarta posição entre os principais destinos de investimentos estrangeiros no mundo em 2019. Segundo a pesquisa, o bom resultado ocorreu, em parte, por causa do programa de privatização de empresas federais implantado pelo governo, que resultou na venda de subsidiárias de estatais e ações federais no setor privado.

Guedes não só incrementou os dados do relatório em seus encontros durante o fórum – ele chegou a se reunir com os CEOs da Apple e do Uber -, reforçando o potencial atrativo do País, como também aproveitou a ocasião para anunciar o interesse do Brasil em aderir ao Acordo de Compras Governamentais da Organização Mundial do Comércio (OMC).

O acordo prevê a abertura de licitações públicas nas áreas de bens, serviços e infraestrutura a investidores estrangeiros. Caso o governo sele o acordo, indústrias nacionais e internacionais concorreriam diretamente em licitações no Brasil e nos demais países que são signatários. Atualmente, 48 nações aderem ao tratado, incluindo 27 integrantes da União Europeia.

Karina Frota analisa o acordo com cautela:

“Temos a consciência de que o Brasil sempre foi um país mais protecionista. O que a gente vê no governo atual é um discurso da abertura econômica. Mas é preciso que haja uma abertura econômica gradual e responsável para que possamos preparar as indústrias nacionais. Ou seja, proporcionar um aumento de competitividade na indústria nacional para que ela tenha a capacidade de concorrer com o mercado estrangeiro”, pondera.

A especialista avalia ainda que, apesar da imagem positiva deixada pelo Brasil em Davos, o governo precisa tomar medidas estruturais para crescer economicamente.

“Para que a gente tenha condições de avançar, é muito interessante a colaboração do governo em relação às reformas tão importantes, como as reformas administrativa e tributária”, defende.

A nível local, Karina acredita que o Ceará está cumprindo o papel que lhe cabe neste cenário, com destaque para investimentos nas áreas de telecomunicação e de infraestrutura, por exemplo.

“Nosso desafio é reconquistar esse investidor para que o Ceará continue avançando”, conclui.

Fotos: World Economic Forum/Walter Duerst/Divulgação

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