27 mar 2025 | Notícias
O SENAI Ceará promoveu o evento “Conexões reais: Construindo um Ceará Inclusivo” na última segunda-feira (24). Com o intuito de discutir a construção dos conceitos de inclusão e exclusão, além da relação entre inclusão e educação, os debates realizados por meio do Programa SENAI de Ações Inclusivas (PSAI) proporcionaram um espaço de escuta e diálogo a respeito da Síndrome de Down.
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Gaída Beauty lança fragrância em homenagem às pessoas com síndrome de Down
A roda de conversa, composta por Gaída Dias, presidente do Grupo Cidade de Comunicação, Samuel Pinho, médico psiquiatra preceptor no Programa de Residência Médica em Psiquiatria do HSMM, e Bárbara Monte, psicóloga e professora universitária, contou com a mediação de Régia Sousa e Leide Pereira, ambas do SENAI.
Estiveram na escuta do evento jovens com síndrome de Down que já foram atendidos Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), e representantes de Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Ceará (Fecomércio), SESI Ceará, dentre outras instituições.
Sônia Parente, gerente de educação do SENAI Ceará, realizou a fala de abertura com boas-vindas aos presentes, reforçando o apoio do Sistema FIEC a ações que fortalecem a inclusão e o respeito à diversidade.
“Nós, enquanto educadores, sabemos dos desafios em torno da inclusão. Mas nós estamos aqui nos unindo aos bons, que a gente deve se unir, para que a gente possa se fortalecer. É assim, nessa visão de futuro, que esse momento tão importante de conexões reais nos ajuda a construir um Ceará realmente inclusivo”, declarou.
Em seguida, Gaída Dias compartilhou a sua história de vida como mãe de uma criança portadora de Síndrome de Down, Miguel, e da importância de visibilizar pessoas com Síndrome de Down.
“Março é um mês em que a gente sempre traz o assunto à tona, por conta do Dia Mundial da Síndrome de Down, mas eu não quero que o meu filho, que as pessoas com Síndrome de Down, sejam destaque nas campanhas só nesse período. Eles devem estar nas campanhas no mês de junho, no mês dos Namorados, no mês das Mães. Quantos meses a gente pode estar celebrando? Todos. É uma campanha que deve durar o ano todo”.
O psiquiatra Samuel Pinho trouxe uma reflexão de abordagem filosófica sobre a constante transformação da estrutura social em torno dos avanços nas políticas de inclusão e diversidade na sociedade, sendo complementado pela fala da psicóloga Bárbara Monte, que abordou sua experiência profissional.
“O primeiro passo que parece óbvio, para a gente pensar em inclusão, é humanizar. O diagnóstico é uma ferramenta de trabalho, mas ele não resume quem a pessoa é. Ele não deve ser uma caixa que descontextualize aquela pessoa. Deve ser um conhecimento a mais, deve ser uma ferramenta a mais, deve ser uma bússola”, concluiu Monte.
Ação e inclusão
O Programa SENAI de Ações Inclusivas foi criado em 1999, com atividades voltadas ao preparo de unidades, materiais didáticos e docentes para qualificar pessoas com deficiência. Ao longo de duas décadas, o PSAI tornou-se o programa de inclusão mais abrangente do país para o mundo do trabalho.
“O grande propósito do programa é promover condições de equidade e respeito à diversidade inerentes a todas as pessoas. Para promover essas condições, é preciso um trabalho de muita formação, sensibilização e muitas boas práticas”, destacou Fernanda Marques, gestora do Programa PSAI.