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Coreografias do impossível: itinerância da 35ª Bienal de São Paulo chega ao Dragão do Mar

11 set 2024 | Notícias

Por Redação

A mostra gratuita apresenta ao público os trabalhos de 14
participantes nacionais e estrangeiros
Os trabalhos de catorze participantes nacionais e estrangeiros estão na mostra (Foto: Ana Raquel)

Na última terça-feira (10), a capital cearense recebeu a ‘Coreografias do Impossível’, nova itinerância da Bienal de São Paulo, que este ano chega à sua 35ª edição. Permanecendo em cartaz até o dia 10 de novembro, a abertura da itinerância foi marcada por uma cerimônia na Varanda dos Museus e vernissage no Museu de Arte Contemporânea do Ceará (MAC-CE), que fica no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura.

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A  35ª Bienal de São Paulo – coreografias do impossível lança um olhar poético sobre as complexidades e urgências do mundo contemporâneo, estimulando seus visitantes a refletir sobre questões sociais, políticas e culturais. Quem assina a curadoria são Diane Lima, Grada Kilomba, Hélio Menezes e Manuel Borja-Villel.

A artista visual e educadora Nontsikelelo Mutiti, que assina a concepção da identidade visual da 35ª Bienal de São Paulo – coreografias do impossível, promove um mergulho nos significados das tranças e dos cabelos como um dos elementos da diáspora africana que carregam não só sentidos políticos e estéticos, mas subjetivos, que dizem muito sobre o cotidiano, as experiências e da história das pessoas negras na diáspora.

Entre os artistas e obras que podem ser encontrados na itinerância está o trabalho de Katherine Dunham, pioneira da dança moderna. Estão presentes registros em vídeo da pesquisa da coreógrafa sobre ritmos e gestualidades na região do Caribe, entre 1940 e 1960.

A mostra também inclui uma homenagem ao artista amazonense Gabriel Gentil Tukano, que faleceu em 2006, com obras que perpetuam a cosmogonia Tukano e a sacralidade do território ancestral.

A mostra alcança sucesso de crítica e público por onde passa (Foto: Ana Raquel)

Outro trabalho presente na itinerância é o “Vidas proibidas”, que tem sua primeira exposição na 35ª Bienal. Com fotografias de Rosa Gauditano, a série traz registros de comunidades lésbicas em São Paulo na década de 1970, ainda no período da ditadura militar, que, com a luta pela liberdade sexual, resistência e o orgulho, fez frente aos anos de repressão.

Fortaleza foi uma das catorze cidades escolhidas, sendo 11 brasileiras e três estrangeiras, para receber a circulação da mostra, que é um sucesso de crítica e público. Comentando sobre a capital cearense recebendo mais um vez a itinerância, a presidente da Fundação Bienal de São Paulo, Andrea Pinheiro, afirmou o seu contentamento em ver sua terra natal no circuito das artes.

“Trazer a 35ª Bienal de São Paulo – coreografias do impossível para esse lugar emblemático reforça a conexão entre a Bienal e a cultura cearense, estabelecendo novas pontes com o público e o cenário artístico local”, falou Andrea. 

A superintendente do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, Helena Barbosa, complementou falando das ligações entre a temática da edição com a ancestralidade do Dragão

“A acolhida dessa potente itinerância torna ainda mais especial para nós esse momento, na medida em que a temática desta 35ª edição dialoga com a ancestralidade do Dragão e a sua atuação de fomento ao pensamento crítico, ao lançar mão de poéticas para insurgir com questões urgentes da contemporaneidade, e com isso elastecer limites institucionais e curatoriais”, falou Helena.

Como parte da comemoração dos 85 anos da empresa, J.Macêdo é copatrocinadora das mostras itinerantes da 35ª Bienal de São Paulo, em um esforço para promover a arte e a cultura. O CEO da J.Macêdo, Amarílio Macêdo, também falou na cerimônia de abertura exaltando mais uma ação da empresa em seu compromisso com a sociedade. “Em mais uma vez trabalhar em favor da sociedade cearense, para além dos compromissos de uma empresa privada, quero agradecer a todos e a todas”, disse o CEO.

Confira fotos da cerimônia de abertura da itinerância, por Ana Raquel.

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