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Covid-19 e gripe: infectologista responde dúvidas sobre testes, vacina e isolamento

14 jan 2022 | Notícias

Por Redação

A médica infectologista Lícia Pontes, Mestre em Saúde Pública e Coordenadora do Serviço de Controle de Infecção do Hospital Unimed, respondeu algumas dúvidas

Diante da Ômicron, nova variante da Covid-19 e do aumento de casos de influenza, o contexto sanitário acende um alerta (Foto: iStock)

Muitas dúvidas têm sido levantadas devido ao cenário epidemiológico no Ceará e no País. Diante da Ômicron, nova variante da Covid-19 e do aumento de casos de influenza, o contexto sanitário acende um alerta. Em vista disto, a médica infectologista Lícia Pontes, Mestre em Saúde Pública, Professora da Faculdade de Medicina Unichristus e Coordenadora do Serviço de Controle de Infecção do Hospital Unimed, respondeu algumas dúvidas sobre as doenças.

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A médica infectologista Lícia Pontes é Mestre em Saúde Pública, Professora da Faculdade de Medicina Unichristus e Coordenadora do Serviço de Controle de Infecção do Hospital Unimed (Foto: Divulgação)

Quais testes podemos realizar para saber se a doença é Covid-19, gripe ou Flurona?

Para diagnosticar Covid-19, influenza ou a combinação das duas doenças Flurona, só há uma forma, através da realização de exames específicos. Os exames são testes de PCR em tempo real ou testes de antígenos específicos para os vírus Sars-Cov-2, Influenza A e Influenza B. Estes testes estão disponíveis em laboratórios e farmácias.

Existem diferenças de contágio e tratamento da H3N2 e Covid-19?

A forma de contágio é a mesma. A transmissão se dá por gotículas, ou seja secreções eliminadas durante a fala, tosse ou espirro. O tratamento é o mesmo para as duas doenças, repouso, hidratação e controle dos sintomas. Além disso, para Influenza temos uma droga antiviral específica chamada Tamiflu ou Oseltamivir que pode ser oferecida em situações específicas.

Os sintomas mais comuns dessas doenças são febre ou sensação febril, dor de garganta, dor no corpo, dor de cabeça, tosse, espirros, coriza, etc. Devemos tratar de forma sintomática com analgésicos, antitérmicos, hidratação e repouso.

Como podemos prevenir essas doenças e o papel da vacina neste cenário?

A forma mais eficiente de prevenir formas graves das doenças é tomando os esquemas completos das vacinas. Além disso, manter os cuidados de uso adequado de máscaras, higienização das mãos e etiqueta respiratória.

O que pode justificar a decisão do Ministério da Saúde de reduzir o período recomendado do isolamento para pacientes com Covid-19?

Avaliando a redução do tempo de isolamento para 5 ou 7 dias a partir do início dos sintomas, vejo com algumas ressalvas pois pode permitir a maior disseminação do vírus na comunidade. Teríamos que avançar no acesso aos testes para Covid-19 primeiro, antes de flexibilizar o tempo de isolamento. Essa decisão é um alinhamento com a conduta americana, mas nós temos condições diferentes.

A vacinação de crianças contra Covid-19 vai começar. Qual a importância de vacinar os pequenos?

A vacinação infantil vai beneficiar as crianças individualmente e vai beneficiar a sociedade como um todo reduzindo transmissão e gravidade nessa população. Sou a favor de vacinas para crianças de 5-11 anos.

Uma pessoa que apresenta os sintomas de gripe, mas apresenta teste negativo para Covid-19, pode “baixar a guarda”? A influenza pode ter o mesmo impacto no organismo?

Não se deve baixar a guarda. Se você tem sintomas gripais e faz o teste para Covid-19 e este vem negativo, ainda pode ser Covid-19! Especialmente se estivermos num momento de altíssima transmissão como o que estamos vivendo agora. Os testes podem dar falso negativos, nestes casos vale uma avaliação médica e repetição de exames. A influenza também se tornou uma infecção mais branda após a vacinação em massa. Precisam ficar atentos, extremos de idade (<2 anos e >60 anos), grávidas, puérperas e pessoas com comorbidades.

Se uma pessoa positivou para Covid, cumpriu o período de isolamento e não apresenta mais sintomas. Ela precisa fazer o teste novamente? Existe a possibilidade de um falso positivo ao final desse período?

O critério até então para saída de isolamento para casos leves e moderados era de 10 dias do início dos sintomas, desde que há 24 horas sem febre, sem uso de antitérmicos e com melhora clínica. Neste caso, não precisa repetir teste! Com a mudança da regra temos oportunidade de retirar o paciente mais cedo do isolamento, mas o paciente precisa estar assintomático e precisa realizar teste no 5° ou no 7° dia para avaliação. Os testes de RT-PCR são de identificação de material genético amplificado do vírus. Às vezes, o paciente fica mais tempo positivo, apesar de não transmitir mais! Neste caso, seria melhor o teste de antígeno.

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