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Designer cearense conta como é trabalhar na Farm e fala sobre a importância de construir networking

21 jan 2019 | Notícias

Por Lucas Magno

A cearense Gabriela Couth, de 28 anos, reside atualmente no Rio de Janeiro, onde trabalha na Farm como designer. Em entrevista ao site, ela contou que trabalhar na empresa sempre foi um sonho, desde quando morava em Fortaleza e já mandava seu currículo para a marca. Antes de conseguir o emprego na empresa carioca, aliás, ela passou por outra marca conceituada, a Lenny Niemeyer. Formada em design de moda, pela Universidade Federal do Ceará (UFC), Gabriela também fez cursos na Central Saint Martins, em Londres, além de ser pós-graduada em design de estampa pelo Senai Cetiqt – RJ.

Apesar da trajetória de sucesso, ela relata que se inserir no mercado carioca não foi fácil, porque apesar de já ter experiência como estilista, sua ideia era mudar de área e a profissional ainda não conhecia ninguém por lá. Confira o relato e as dicas da designer, que também é ilustradora.

 

 
 
 
 
 
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1)Você foi para o Rio de Janeiro para trabalhar como designer? O mercado carioca é muito diferente do mercado cearense? 

Eu vim para o Rio apaixonada pela cidade, sem nada certo. O mercado carioca tem suas diferenças do cearense, e a inserção foi mais difícil porque embora eu já tivesse experiência como estilista, queria mudar de área, e ninguém aqui me conhecia. Fiz alguns cursos rápidos para fazer network, mas foi quando iniciei a pós-graduação em design de estampas no Senai-Cetiqt que realmente tive a chance de me inserir. Conheci professoras que viraram mentoras, fiz amigas que viraram colegas de trabalho, e tendo no currículo o peso da instituição, consegui um emprego.

2) Seu primeiro trabalho em uma marca conhecida nacionalmente foi na Lenny? Como surgiu a oportunidade? 

Fiz um curso em Londres e conheci a designer de estampas da Lenny em 2011, e não perdemos o contato. Quando já estava fazendo a pós, ela me chamou para ser assistente de design da marca. Sempre tive muita liberdade lá para criar, e já no primeiro desfile que participei, que foi o do Japão (Verão 2017), pude criar aquarelas, estampas e desenvolver bordados. A Lenny é uma pessoa muito querida e muito aberta, que me ensinou muito. Ela dá o toque especial dela em todas as criações, mas também para para te ouvir caso você tenha outra opinião. A rotina lá era puxada pela equipe ser bem reduzida (apenas duas designers), mas o clima era ótimo. Meu maior desafio foi criar para o desfile de Verão 2018, que a inspiração foi as primeiras mulheres abstracionistas, então as estampas precisavam ter o toque místico e serem abstratas ao mesmo tempo.

 3) E a oportunidade na Farm? Como surgiu? 

Fui convidada para trabalhar na Farm no núcleo conceito, de onde sai a linha com mais novidades. Aqui a equipe é bem grande, só no meu núcleo somos 9, e tem vários núcleos no estilo, além do setor de estamparia! No nosso núcleo fazemos estampas, acessórios conceituais e a linha de silks.  Faço principalmente a linha de silks (camisetas estampadas). É um desafio que une duas coisas que eu amo, que é a tipografia com a arte, e como contar pequenas histórias numa camiseta. 

 4) A Farm é uma marca de grande renome nacional. Como se sente trabalhando na empresa? Era um sonho seu? 

Sempre sonhei em trabalhar na Farm, lembro de mandar currículo enquanto ainda morava aí. Quando vim fazer entrevista senti um frio na barriga. Realmente é muito especial trabalhar aqui, o clima é uma delícia, o escritório é um oásis no meio do bairro. O fluxo de trabalho é super puxado, especialmente quando pensamos na quantidade de peças que saem mensalmente na Farm, mas o trabalho vale à pena! Na última coleção lançou um projeto que eu tenho muito orgulho, que foram as camisetas da Feira, que pude ilustrar e colocar um pouco das minhas origens nas artes da Tapioca e Rapadura.

 

 
 
 
 
 
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 5) Que dica daria para uma pessoa que pretende trilhar um caminho parecido com o seu, de morar em outro estado para trabalhar como designer?

Faça cursos! Cursos rápidos, cursos de férias, de fim de semana. Você nunca sabe quem vai conhecer. Foi fazendo curso em Londres que fui parar na Lenny, anos depois. É difícil você chegar de outra cidade e ter que concorrer com pessoas que estudaram na PUC e que já conhecem todo mundo, por isso acho importante construir esse network. Crie um portfólio com o seu melhor trabalho! E se você não tiver muitos trabalhos compatíveis com a empresa que você quer trabalhar, pare um pouco para criar, pensando que é para a marca que você quer.

6) Você também faz trabalhos como ilustradora… como funciona sua rotina para separar os dois trabalhos?

Na Farm é bem puxado, acabo perdendo vários fins de semana de sol porque é quase impossível fazer durante a semana (ainda mais que preciso trabalhar na manhã seguinte com criatividade novamente). Mas compensa fazer seu trabalho autoral, não deixar de desenvolver o seu traço. 

 7) Quem são suas grandes referências e inspirações?

Eu me inspiro muito no dia-a-dia, na natureza. De ilustração e quadrinhos, adoro a Lucy Knisley, a Lovelove6, a Bijou Karman. Adoro acompanhar o trabalho das minhas amigas também, e sou apaixonada pela arte e cores da Flora Yumi.

Confira alguns trabalhos de Gabriela Couth na Farm e na Lenny Niemeyer:

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