Márcia Travessoni – Eventos, Lifestyle, Moda, Viagens e mais

Enxergar o Brasil através da complexidade de sua geografia cultural. Essa é a proposta da exposição individual “Revolver a terra para semear heterotopias”, do artista plástico Eduardo Frota. A mostra, que marca os 40 anos de carreira de Eduardo, tem abertura marcada para o dia 2 de maio, às 19h, na galeria Sem Título Arte.

>> LEIA TAMBÉM: Exposição “Arte Moderna na Coleção Fundação Edson Queiroz” é oficialmente aberta na Unifor

O novo trabalho reflete os resultados de uma pesquisa densa do artista com o Pau Brasil, árvore símbolo das origens identitárias do Brasil enquanto nação. Ao plantar 100 mudas de Pau Brasil, Eduardo compôs uma exposição que ressignifica lutas, revoltas e revoluções populares que definiram o país ao longo da história. Essa ressignificação é palpável a partir das peças em exibição: são 27 caixotes de madeira com material orgânico que representam os estados brasileiros e trazem detalhes sobre os principais conflitos de cada região.

De acordo com Eduardo Frota, a mostra é um resgate do que foi transplantado. “Replantar o Pau Brasil é devolver em gesto coletivo o que foi extraído no primeiro ciclo econômico e de exploração do país”, conta.

Artista

Escultor e professor cearense, Eduardo Frota tem um currículo pautado na formação educacional da arte. Com trabalhos exibidos na Bienal Internacional de São Paulo, o artista é conhecido por utilizar a madeira como matéria-prima para trabalhos que problematizam questões da escultura e do espaço modernos.

A exposição “Revolver a terra para semear heterotopias” foi contemplada no Edital de Incentivo às Artes da Secult-Ce, em 2016, e selecionada no Salão de Abril de 2019. O artista é finalista do Prêmio Marcantonio Vilaça 2019, oferecido pelo Conselho Nacional da Indústria, o SESI e o SENAI.

SERVIÇO
Exposição comemorativa aos 40 anos de carreira de Eduardo Frota
Abertura dia 2 de maio, às 19h
Sem Título Arte (Rua João Carvalho, 66)
Evento gratuito

Fotos: Divulgação