23 ago 2023 | Notícias
Momento também apresentou experiências do país europeu na área de hidrogênio verde
Com o objetivo de discutir possibilidades de financiamento para projetos de hidrogênio verde no Ceará, a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), jutamente com a Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha do Rio de Janeiro (AHK Rio), promoveu, nessa terça-feira (22), o workshop Conexão Brasil e Alemanha. O momento também apresentou experiências do país europeu na área.
LEIA MAIS >> Ricardo Cavalcante participa da assinatura do Memorando de Entendimento
‘Fiec Summit Hidrogênio Verde’ abre inscrições para a edição de 2023
Ricardo Cavalcante, presidente da Fiec, recebeu os convidados ressaltando os esforços da instituição no fomento à produção de energias renováveis, em especial do hidrogênio verde, no Ceará. Segundo ele, há disponibilidade de recursos para o desenvolvimentos dos projetos, mas é necessário discutir quais são os financiamentos mais adequados para as empresas que devem operar no estado.
“Não faltam recursos. O que precisamos, mais do nunca, é compreender que a AHK está aqui hoje para discutir que tipo de financiamento a gente vai precisar para produzir hidrogênio para exportar (…) Essa produção de hidrogênio verde que vai começar a ser feita aqui não vai só dar dinheiro para as empresas, mas, sim, mudar a vida das pessoas mais simples”, pontuou Ricardo na ocasião.
Ansgar Pinkowski, diretor de transição tnergética e sustentabilidade da AHK Rio, afirmou que o Ceará está em estágio avançado na implementação de projetos de hidrogênio verde, aproveitando para enaltecer a integração entre governo, indústria e universidade nesse processo. “Um valor agregado que o estado tem é que todo mundo olha em uma só direção”, enfatizou.
O diretor de transição energética também pontuou que a grande motivação do hidrogênio verde para o Ceará é o desenvolvimento socioeconômico que o movimento pode trazer no combate à fome e à pobreza. Sobre o financiamento, Pinkowski destacou duas iniciativas existentes na Alemanha, como a obtenção de recursos por meio do Banco de Desenvolvimento KfW.
O programa global H2Uppp, que investe em negócios do segmento, também foi outra forma de obter hidrogênio verde que foi destacada por Ansgar na ocasião. “Sabemos que o Ceará está muito avançado e com muita vontade de implementar, por isso é bastante interessante disseminar essas formas para acelerar e fomentar”, completou o diretor durante o momento de palestra.
Eduardo Tobias, Sócio da Watt Capital, empresa de assessoria de investimentos em projetos de energias renováveis, liderou o painel sobre as opções de financiamento no Brasil, listando bancos comerciais públicos e privados, como o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) e o Banco do Nordeste (BNB), como as principais fontes de crédito.
Já Jurandir Picanço comentou sobre o lugar de destaque do Brasil no cenário mundial de energias renováveis, citando potencialidades do Ceará, como o baixo custo de logística e a localização geográfica. Foi salientada a necessidade de agilizar a regulamentação da produção de hidrogênio verde, pontuando que não existe um senso de urgência para regulamentação desse segmento.