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Fundação Edson Queiroz inaugura exposição comemorativa pelos 50 anos da Universidade de Fortaleza

14 mar 2023 | Notícias

Por Redação

Com curadoria de Denise Mattar, “Elas-De Musas a Autoras, Unifor 50 anos” será exibida a partir desta quinta-feira (16), no Espaço Cultura Unifor

A obra “Figura (O Passaporte)”, 1922, de Tarsila do Amaral estará presente na exposição (Foto: Divulgação)

A Fundação Edson Queiroz comemora cinco décadas da Universidade de Fortaleza com a exposição “Elas – De Musas a Autoras, Unifor 50 anos”, com curadoria de Denise Mattar. A mostra será exibida a partir desta quinta-feira (16) e segue até dezembro, no Espaço Cultura Unifor, com o intuito de gerar, a partir das obras, uma ampla discussão sobre diversos aspectos da questão de gênero.

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A exposição será dividida em três alas no andar superior do Espaço Cultural. A primeira, destinada às Musas, abrigará obras de artistas homens que elegeram a mulher como tema. Na segunda, intitulada Autoras, serão exibidas obras de artistas mulheres, já reconhecidas como autoras. O local também vai disoir do Espaço Diálogo, para debates, intervenções e ativações.

O professor Randal Pompeu, Reitor da Unifor, conta que a exposição, um recorte inédito da Coleção Fundação Edson Queiroz, exibe obras que abordam a perspectiva das mulheres e sobre as mulheres nas artes visuais.

“A partir desse mote proposto pela curadora Denise Mattar, abre-se um amplo espaço para debate junto aos diversos cursos da Universidade de Fortaleza, tendo em vista que se trata de uma mostra comemorativa aos 50 anos da Unifor. Diante disso, preparamos um ambiente de interação com a comunidade acadêmica dentro do Espaço Cultural no sentido de concretizar a premissa da Universidade de trabalhar de forma integrada o ensino, a pesquisa e a extensão”, destaca o Reitor.

Denise Mattar, é uma das mais respeitadas e premiadas curadoras brasileiras (Foto: Divulgação)

Denise Mattar refletiu que durante um longo período, que vai da colônia extrativista à chegada da Família Real e o estabelecimento da Academia de Belas Artes, coube à mulher apenas o papel de Musa. Segundo a curadora, o quadro se modifica um pouco com a chegada do Modernismo, que, bastante diverso de outros países, tem em duas mulheres, Anita Malfatti e Tarsila do Amaral, as mais importantes artistas plásticas.

A curadora lembra também as artistas Lygia Clark e Lygia Pape, que alcançaram reconhecimento nacional e internacional nas décadas de 1950/70, e ainda as contemporâneas Adriana Varejão e Beatriz Milhazes.

“Apesar desse sucesso, há inúmeros casos de artistas mulheres excelentes que foram excluídas da historiografia oficial, e muitas questões a serem levantadas, analisadas e discutidas nessa passagem de musas a autoras, que reflete uma mudança de contexto político, histórico, social e comportamental“,

afirma Denise.

Exposição em detalhes

  • A mulher como Musa

O arco temporal desse conjunto de 63 obras de 30 artistas homens tem início no período colonial e se estende até a contemporaneidade. Grande parte dos autores apresentados teve a mulher como tema ao longo de toda a carreira. É o caso de Di Cavalcanti e Portinari, responsáveis por introduzir na arte os rostos e corpos negros e mestiços, tipicamente brasileiros.

A expansão do abstracionismo, na década de 1950, levou um progressivo abandono da figuração, incluindo a representação da mulher. Nas décadas de 1970 e 1980, há alguma retomada da figura, e artistas como Siron Franco, João Câmara e, posteriormente, Vik Muniz se debruçam sobre a figura da mulher, porém não mais vistas como musas, mas por um olhar crítico e atento à sociedade.

  • Assumindo o protagonismo

Na ala das Autoras, são apresentadas 83 obras de 33 artistas mulheres já reconhecidas como autoras. Esse núcleo iniciou na década de 1920, momento no qual a introdução do modernismo traz uma maior integração das mulheres ao circuito de arte. Embora menos contundente nos últimos anos, a produção de Anita Malfatti e Tarsila do Amaral se estende até os anos 1950, quando o abstracionismo revela a figura impar de Judith Lauand. Homenageada com uma retrospectiva em cartaz no Museu de Arte de São Paulo, a artista, recentemente falecida, foi a única mulher a integrar o Grupo Concretista de São Paulo.

A abstração lírica é muito bem representada pelas mulheres, além da pioneira Maria Helena Vieira da Silva, portuguesa que viveu no Brasil nos anos 1940, criando um importante círculo artístico no Rio de Janeiro, a exposição contemplará artistas extraordinárias como Tomie Ohtake, Maria Leontina, Yolanda Mohalyi, Maria Polo, lone Saldanha, artistas com trajetórias muito particulares como Mira Schendel e Heloísa Juaçaba.

Anna Maria Maiolino, Wanda Pimentel, lole de Freitas participaram ativamente da revolução de costumes dos anos 1970, abrindo caminho para a Geração 80 com expoentes Adriana Varejão e Beatriz Milhazes. O núcleo alcança a contemporaneidade com artistas como Mariana Palma, Gabriela Machado e Waléria Américo.

Tarsilinha do Amaral em Fortaleza 

Sobrinha-neta de Tarsila do Amaral, Tarsilinha irá desembarcar em Fortaleza para prestigiar a exposição “Elas – De Musas a Autoras, Unifor 50 anos”. Além de estar presente na abertura, Tarsilinha do Amaral participará de uma palestra com a curadora da mostra, Denise Mattar.

A palestra será realizada nesta sexta-feira (17), às 9h30, no Auditório da Biblioteca da Unifor. Na ocasião, a convidada compartilhará curiosidades sobre os oito anos de convivência com a tia-avó, bem como o trabalho que ela realiza há mais de 20 anos, que tem como objetivo levar o legado de Tarsila do Amaral para o mundo e difundir a história da pintora para as próximas gerações.

Tarsilinha do Amaral prestigiará a exposição que tem como obra-símbolo a pintura “Figura (O Passaporte)”, 1922, da sua tia-avó Tarsila do Amaral (Foto: Bob Wolfenson)

Unifor 50 anos

A Universidade de Fortaleza, da Fundação Edson Queiroz, chega aos 50 anos em 21 de março deste ano. Nesse meio século de existência, a instituição formou mais de 100 mil profissionais de excelência em todas as áreas do conhecimento, contribuindo não só para a formação técnica, mas também humana desses indivíduos.

Ao longo desse período, a Universidade tem acumulado várias experiências exitosas no ensino, na pesquisa e na extensão, com credibilidade e reconhecimento nacional e internacional.

Serviço

  • Exposição Elas – De Musas a Autoras, Unifor 50 anos é um patrocínio do Banco Santander com apoio da Nacional Gás;
  • Curadoria: Denise Mattar
  • Local: Espaço Cultural Unifor;
  • Abertura: 16 de março às 19h;
  • Exibição: 17 de março a 10 de dezembro de 2023;
  • Visitação gratuita: terças a sextas, 9h às 19h; sábados e domingos, 12h às 18h.

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