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Fundador do Orkut anuncia que está construindo ‘algo novo’ e web reage

28 abr 2022 | Notícias

Por Jacqueline Nóbrega

O engenheiro Orkut Buyukkokten reativou o site do Orkut na quarta-feira (27), dois dias após o anúncio que Elon Musk fechou um acordo para comprar o Twitter por US$ 44 bilhões

O Orkut, fundado pelo engenheiro Orkut Buyukkokten, foi a primeira rede social que tivemos contato (Foto: Divulgação)

O site do Orkut foi reativado na quarta-feira (27) e o fundador da rede social, o engenheiro Orkut Buyukkokten,  publicou um texto afirmando que está construindo algo novo. O anúncio do novo projeto de Orkut Buyukkokten foi feito dois dias depois de o empresário Elon Musk fechar um acordo para comprar o Twitter por US$ 44 bilhões

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“Eu sou um otimista. Acredito no poder da conexão para mudar o mundo. Acredito que o mundo é um lugar melhor quando nos conhecemos um pouco mais. É por isso que criei a primeira rede social do mundo quando era estudante de pós-graduação em Stanford. É por isso que eu trouxe o orkut.com para tantos de vocês ao redor do mundo. E é por isso que estou construindo algo novo. Vejo você em breve”, disse na publicação. 

No Twitter, os internautas celebraram a possível volta da rede social. “Que mané metaverso! Eu estou é animado pra possível volta do Buddy Poke com o Orkut”, escreveu um usuário.

“Eu acredito que o Orkut pode salvar a web”, celebrou outra.

(Foto: Reprodução)
(Foto: Reprodução)
(Foto: Reprodução)

Novo projeto

Em entrevista em outubro do ano passado à newsletter Bits to Brands, de Beatriz Guarezi, Orkut já adiantara estar trabalhando em um novo projeto, Hello.com e, inclusive, deu detalhes sobre a novidade. “As redes sociais mudaram muito na última década. Hoje elas vêm causando depressão, ansiedade, desconexão e problemas de saúde mental. Eu vi essa tendência de queda nas mídias sociais e como isso afeta as pessoas e a sociedade. É por isso que decidi começar a trabalhar no Hello.com. Se você olhar para as empresas de mídia social hoje, eles se sentam em uma sala de conferências e fazem uma análise de custo-benefício do que devem fazer. E as decisões que são tomadas, muitas vezes [elas são] sobre marketing, anunciantes, corporações, acionistas. Não se trata dos usuários”, disse na época.

“Lembro-me da época do Orkut.com, quando pensávamos em novos recursos ou novas tecnologias. Era sempre sobre como podemos tornar a experiência mais positiva? Como podemos aproximar as pessoas? Como podemos amplificar a experiência incrível de conectar pessoas? E se observar como as empresas hoje usam a tecnologia, você verá que existe uma quantidade absurda de machine learning incorporada aos algoritmos que cobrem todos os recursos que usamos. Mas tudo isso é otimizado para anunciantes, para engajamento. Como resultado, isso não está criando uma melhor experiência do usuário, mas sim uma experiência em que as pessoas se tornam mais viciadas e menos sociais. Se eu olhar para os dias do Orkut.com, ele tinha uma comunidade enorme e impactou a vida das pessoas”, acrescentou na entrevista à newsletter.

“Na última vez em que estive no Brasil, conversei com um jornalista que morava em uma cidade pequena. Desde cedo ele sabia que era gay, mas não tinha amigos gays e não sabia como se conectar. Aí ele entrou no Orkut e conheceu comunidades LGBT no Brasil em que se sentiu amado, conectado, fez amigos. Ele me disse que o Orkut salvou a vida dele. É importante usar a tecnologia para aproximar as pessoas. Isso é o que fazemos com Hello. Cada decisão técnica e de design que tomamos, cada recurso, é tudo sobre amplificar experiências positivas e reunir as pessoas em torno de união, comunidades, amor. Todas as coisas que nos tornam humanos e pelas quais vale a pena viver”.

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