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Miss Universo: mães e mulheres casadas poderão competir; entenda mudança

8 ago 2022 | Notícias

Por Redação

A partir da competição de 2023, mulheres que são mães, casadas e divorciadas poderão concorrer

A Miss Universo 2020, a mexicana, Andrea Meza, coroou Harnaaz Sandhu, representante da Índia que venceu o Miss Universo 2021 (Foto: Reprodução/Instagram @harnaazsandhu_03)

As mudanças tardaram mas chegaram. O concurso de Miss Universo, o mais importante certame de beleza do mundo, anunciou para os diretores nacionais que atualizações serão feitas nas regras do evento. A partir da competição de 2023, mulheres que são mães, casadas e divorciadas poderão concorrer a coroa universal.

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A informação foi, inicialmente, divulgada pelo Instagram oficial da direção do Miss Universo República Dominicana, e posteriormente foi publicada em diversos sites especializados em beauty pageants ao redor do mundo. De acordo com as informações, um memorando enviado por e-mail às organizações dos concursos nacionais informou que a decisão da Organização Miss Universo era “naturalmente o próximo passo” a ser tomado na evolução do certame. A carta foi assinada pela CEO do concurso, Amy Emmerich.

Apoiar mulheres globalmente

A carta enviada pela CEO frisou que a Organização tem como objetivo “apoiar mulheres globalmente”. “Todos nós acreditamos que as mulheres devem ter controle sobre suas vidas e que as decisões pessoais de um ser humano não devem ser uma barreira para seu sucesso”, informou um trecho, em tradução livre do inglês.

Zozi Tunzi, Miss Universe 2019, argumentou sobre liderança feminina em uma de suas respostas durante a competição final (Foto: Reprodução/Instagram @missuniverse)

“Como parte do próximo passo em nossa evolução, implementamos as seguintes mudanças: a partir do 72º Miss Universo e competições nacionais preliminares que o antecedem, as mulheres casadas ou divorciadas, bem como as mulheres grávidas ou com filhos, serão capaz de competir.”

Amy Emmerich, CEO da Organização Miss Universe.

As atualizações foram decididas depois de um estudo realizado pela IMG, empresa responsável pelo evento. Há alguns meses atrás, a Organização disponibilizou uma pesquisa a ser respondida pelo público da competição, e uma das perguntas listadas era justamente a flexibilização da participação de mais perfis diferenciados de mulheres.

Segundo Amy, tanto o público, quando os diretores dos concursos nacionais filiados ao Miss Universo contribuíram para um “feedback esmagador” a favor das mudanças.

IMG e a tentativa de mudança

A filipina Catriona Gray, Miss Universe 2018, uma das misses mais populares da “Era IMG” (Foto: Reprodução/Instagram @catrionagray)

O concurso de Miss Universo tem mais de 70 anos de existência; apenas oito deles, sob a direção da empresa norte-americana IMG. Desde 2015 sob a responsabilidade da companhia, a competição era antes a menina dos olhos de Donald Trump, quando o empresário ainda não era presidente dos Estados Unidos. Nas mãos de Trump, o concurso chegou a ser alvo de várias controvérsias, como a acusação de pressões psicológicas sofridas pelas misses em relação ao ganho de peso durante o reinado.

Com a chegada da IMG, o concurso vem passando por mudanças consideráveis, culminando na atualização mais recente, abrindo espaço para mães, mulheres casadas, e divorciadas. Sob a direção da empresária Paula Shugart, o Miss Universo tenta, a cada edição, atualizar seu propósito, focando cada vez mais em projetos sociais e nas histórias de vidas das misses.

A modela e Miss Universo Espanha 2018, Angela Ponce foi a primeira mulher trans a pisar no palco do Miss Universo (Foto: Reprodução/Instagram @angelaponce)

O desafio da mudança, contudo, não é fácil, visto que os concursos de beleza continuam sendo avaliados por muitos como competições atrasadas e até antifeministas. Por outro lado, a IMG parece decidida a trazer o Miss Universo para o século XXI. Prova disso foi a participação de Angela Ponce, que fez história em 2018, como a primeira mulher trans a participar do concurso, representando a Espanha.

Para além dessa conquista das mulheres transgênero, o Miss Universo também tem incentivado a participação de representantes mais diversas e com discursos mais empoderados. Nos últimos concursos, as ganhadoras não eram só o já famosos rostos bonitos e corpos escultarias (embora ainda contassem, em sua maioria, com essas características), mas também se mostravam figuras de vozes ativas, formadoras de opinião, e engajadas em causas de cunho social.

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