Márcia Travessoni – Eventos, Lifestyle, Moda, Viagens e mais

Entre em contato conosco!

Anuncie no site

Comercial:

[email protected]
Telefone: +55 (85) 3222 0801

Por que hoje é o Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha?

25 jul 2021 | Notícias

Por Redação

No Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha, a ginasta brasileira Rebeca Andrade deu um verdadeiro show nas Olimpíadas de Tóquio (Foto: Lindsey Wasson)

Neste domingo (25) é celebrado o Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha. Você sabe como nasceu essa data comemorativa? Em 1992, um grupo de mulheres negras definiu a data para pressionar a Organização das Nações Unidas (ONU) a assumir a luta contra as opressões de raça e gênero. O dia relembra um marco internacional de resistência contra o racismo e o sexismo vivido até hoje por mulheres que sofrem discriminação racial, social e de gênero.

LEIA MAIS >> “Quero mostrar ao Brasil a força da mulher cearense”, diz Miss Ceará Dominique Neves

‘Precisamos entender que existe uma história que foi silenciada’, diz Zelma Madeira sobre luta antirracista

Visando mudanças diante desse cenário, em 1992, foi realizado o Encontro de Mulheres Negras Latinas e Caribenhas, em Santo Domingo, na República Dominicana, com mais de 300 mulheres não-brancas. No evento, se reuniram as amefricanas – mulheres afrodescentes nas Américas, chamadas assim pela filósofa e antropóloga brasileira Lélia Gonzales, não apenas por partilharem o mesmo espaço geográfico, mas também o histórico e cultura.

Desse encontro nasceu a Rede de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-Caribenhas. A Rede, junto à ONU lutou para o reconhecimento do dia 25 de julho como o Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha.

Pelo direito de viver

A população negra no Brasil corresponde a maioria, 54%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a Associação de Mujeres Afro, na América Latina e no Caribe, 200 milhões de pessoas se identificam como afrodescendentes. Porém, tanto no Brasil quanto fora dele, essa parcela populacional, principalmente as mulheres, também é a que mais sofre com violência. A mulher negra é, ainda hoje, a principal vítima de feminicídio, das violências doméstica, obstétrica e da mortalidade materna, além de estar na base da pirâmide socioeconômica do país.

A data celebrada neste domingo (25) não é apenas simbólica, como ainda é necessária. A luta de mulheres negras pela vida – com direito a tudo que essa palavra engloba – abre portas para jovens mulheres negras, como a ginasta Rebeca Andrade, que brilhou hoje nas Olimpíadas de Tóquio, com uma ótima e ousada performance ao som de “Baile de Favela”, música de MC João.

https://twitter.com/geglobo/status/1419272495950094342

Quem foi Tereza de Benguela?

No Brasil, o Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-americana e Caribenha é também o da Mulher Negra e de Tereza de Benguela, líder quilombola e símbolo de resistência preta – e feminina. Em 2014, a data foi formalizada por meio da lei nº 12.987, sancionada pela então presidenta Dilma Rousseff.

Tereza de Benguela (Foto: Divulgação)

Tereza de Benguela viveu no século 18 e se tornou rainha do quilombo Quariterê, no Mato Grosso, e governou como ninguém. Criou um sistema de parlamento para reunir outros líderes que decidiriam sobre a administração do quilombo e se mostrou uma grande ativista colocando ações em prática para alimentar e cuidar de seu povo.

Publicidade

VEJA TAMBÉM

Publicidade

PUBLICIDADE