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Presidente da Fiec, Beto Studart divulga comunicado sobre a greve dos caminhoneiros; leia

30 maio 2018 | Notícias

Por Lucas Magno

Meus amigos,

Tenho acompanhado com enorme preocupação o andamento da greve dos caminhoneiros e os seus reflexos para a economia do Brasil e em especial do Ceará. É preciso destacar que o setor rodoviário, principal modal responsável pelo transporte de cargas no país, vive uma crise que não é de agora, com muitas de suas empresas enfrentando sérias dificuldades para se manterem em operação. A grade de transporte rodoviário vivia este problema e não estava sendo vista ou ouvida por quem deveria. O que muitos segmentos da nossa indústria estão sentindo hoje, eles vinham sentindo há muito tempo.

Nesse sentido, considero que o movimento é vitorioso por alertar à sociedade, ao governo e aos políticos, que chegamos à exaustão. É preciso entender o que está levando o Brasil a esta situação de dificuldade, quadro escancarado pelos caminhoneiros. Não podemos culpar a greve por este cenário que é conjuntural. A culpa é de todo esse quadro que privilegia a alta carga tributária, a corrupção nas esferas públicas de poder, a barganha na elaboração dos orçamentos. É isso que está gerando todo esse desequilíbrio.

O movimento teve o mérito de trazer de volta a discussão sobre o nosso modelo de Estado, sobre o qual se faz urgente uma reforma tributária e, fundamentalmente, a reforma fiscal, reduzindo as despesas, eliminando mordomias e excessos que devastam as finanças públicas e a moralidade brasileira, enfim, diminuindo o tamanho do Estado. Assim, poderão ser criadas condições para que o Brasil possa ser competitivo, com o fortalecimento da educação, melhoria das universidades, habilitando os jovens para a economia de amanhã. Essa, sem dúvida, deve ser a pauta prioritária do próximo governo, pois o atual não terá mais força nem tempo para fazê-la. A greve, portanto, foi apenas o estopim de um quadro que estava em vias de explodir.

Infelizmente, o reflexo da greve, com mais de uma semana de paralisação dos caminhoneiros, é uma situação de calamidade vivenciada nas cidades brasileiras, causando desabastecimento e perdas que dificilmente serão recuperadas pelo setor produtivo a curto prazo. No Ceará, muitas fábricas estão sem condições de trabalhar e outras tiveram que criar alternativas para não parar por completo. O mais grave nisso tudo é que mesmo com o fim da paralisação, a volta à normalidade ainda leva tempo, aumentando os prejuízos e as dificuldades que já são enormes por conta da lenta recuperação da economia.

É imprescindível que haja, nesse momento, sensibilidade por parte do movimento dos caminhoneiros e de outras categorias que queiram levar adiante ações do tipo, para entender que podemos estar levando o país a um caminho que será muito difícil a curto e médio prazo retomarmos a direção da recuperação econômica.

BETO STUDART, Presidente da FIEC
São Paulo, 30 de maio de 2018

Fonte: Sistema Fiec

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