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Primeira mulher a comandar a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinf), a engenheira civil Manuela Nogueira foi convidada para ser mentora de um seleto grupo de mulheres que atuam na gestão pública, em 2020. O Columbia Women´s Leadership Network Program é realizado pela Universidade Columbia, que tem sede no Rio de Janeiro. Em 2019, a titular da pasta foi a única cearense entre as 20 brasileiras selecionadas para fazer o curso na instituição.

Ela diz que fez a inscrição no curso de lideranças femininas em 2018 e, logo nos primeiros meses do ano seguinte, recebeu a notícia de que havia sido aprovada. A seleção pública, lembra, teve, aproximadamente, 400 candidatas disputando as 20 vagas. Os requisitos a serem cumpridos eram ser mulher, ter fluência em inglês, ser vinculada ao setor público e estar atuando em algum cargo de liderança há, pelo menos, três anos.

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A programação do Columbia Women´s Leadership Network Program, narra a titular da Seinf, teve 10 módulos. Oito deles foram no Rio de Janeiro, mensalmente, e um em Nova Iorque, durante uma semana. Já o último, que aconteceria nesta semana, no RJ, explica, foi adiado por causa do surto do novo coronavírus, uma vez que os professores vinham dos Estados Unidos.

“O último módulo da turma de 2019 é concomitante ao primeiro módulo da turma de 2020, para as pessoas conhecerem umas as outras. Um dos intuitos do curso é promover um intercâmbio de ideias sobre liderança e gestão entre as participantes”, afirma.

Perto do término do curso, em janeiro deste ano, Manuela Nogueira recebeu um convite dos organizadores para ser a mentora da próxima turma. Feliz com o reconhecimento do esforço, a secretaria acompanhará as aulas e orientará as participantes.

Reavaliação

Ela conta que a experiência que teve a fez ter uma nova visão do que é ser mulher e exercer um cargo de liderança atualmente, vendo que o fato é algo importante para ela e para quem está ao redor. O curso, detalha, a ajudou a explanar a mente e a fez reavaliar a posição que ocupa, questionando-se sobre o que pode fazer para melhorar a vida das mulheres.

“Quando assumi a Seinf, em momento nenhum eu me via como a primeira mulher a assumir a pasta municipal de infraestrutura. Eu me via com a responsabilidade de exercer a função. Aos poucos, você vai percebendo que, sim, ainda vivemos em uma sociedade machista e que ser a primeira mulher a assumir a Seinf não é só uma vitória minha”.

A secretaria explica que as creches estão entre as políticas destinadas ao gênero feminino, e que, por isso, para ela, fazem parte da lista de obras mais importantes da Seinf. “É algo para a criança? Sim. Mas essa criança tem uma mãe, que, se não tivesse essa creche para deixar o filho, não poderia trabalhar, buscar os sonhos dela”, pontua, acrescentando que pretende se manter focada e objetiva neste último ano da gestão municipal, entregar as obras que estão em andamento para, logo após, mirar os horizontes para 2021.