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Em entrevista à Plataforma MT, artista cearense fala sobre vivências com
a música duranta a gestação de João, seu primeiro filho

Há cerca de nove meses, a cantora cearense Giovana Bezerra não se apresenta mais sozinha. João, o primeiro filho da artista, foi a sua maior companhia em cima dos palcos durante a gestação. Na experiência cheia de descobertas da maternidade, a música não fez parte apenas de forma artística, mas foi um componente especial para fortalecer a relação entre mãe e filho em momentos mais íntimos.

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Vivendo e celebrando o primeiro Dia das Mães neste ano, a artista compartilhou à Plataforma MT sobre como a maternidade a transformou em todos os sentidos, inclusive na sua relação com a música. “Por mais que ele ainda não tenha nascido, eu já senti que ele me mudou por completo. Ser mãe é abrir mão de muitas coisas e tomar decisões pensando antes no seu filho do que em você mesma”, pontua.

Com o nascimento de João previsto para acontecer ainda neste mês, Giovana deu uma pausa nas apresentações para aproveitar o final da gestação de forma mais leve e para desacelerar o corpo para o parto. Segundo a artista, a carreira em cima dos palcos foi uma das principais coisas que ela, enquanto cantora, precisou abrir mão com o objetivo de também preservar a saúde e o bem-estar do filho.

“Eu passei boa parte da gravidez envolvida com trabalhos, com muitos shows. Teve também o réveillon de Fortaleza e o meu show ‘Mulheres do Brasil’ no Teatro RioMar. Depois do réveillon é que eu consegui dar essa pausa e ver que o momento estava chegando. Agora que está muito pertinho, dá um nervoso muito grande, mas fico muito feliz por saber que em breve vou poder conhecê-lo”, vibra Giovana.

Apesar da pausa, nos meses em que se apresentou na companhia de João, a artista atribui ao filho a força adquirida para ter continuado cantando. “Eu acredito que a vinda dele veio para me dar mais força e determinação para seguir com os meus objetivos e sonhos na música. E a música é divina e sublime, não tem como não fortalecer vínculos por meio da música. Ela existe para gerar conexão”, pontua.

Músicas ouvidas durante a gestação

Além das apresentações e shows, ouvir música com o filho foi uma das coisas que Giovana mais fez durante a gestação. “Duas músicas foram muito importantes. A primeira é ‘Todo homem’, de composição de Zeca Veloso, que tem uma letra super forte e fala que todo homem precisa de uma mãe. Toda vez que eu escuto, eu sinto vontade de chorar, até coloquei ela na minha playlist de parto”, explica.

O título da outra canção que também toca a artitsa é ‘As coisas tão mais lindas’. “De composição de Nando Reis, que eu conheci, na verdade, pela voz da Cássia Eller e que tem uma mensagem muito forte. Ela fala ‘Entre as coisas mais lindas que eu conheci, só reconheci suas cores belas quando eu te vi’. Então, eu só reconhecerei determinadas cores da vida quando eu vir o meu filho”, completa Giovana.

A artista também compartilhou que a gestação de João a fez ter um olhar mais atento para as cantoras brasileiras. “Eu comecei a me questionar sobre quais delas seriam mães, porque, às vezes, algumas delas possuem a vida tão reservada que a gente não sabe”, esclarece. A pesquisa curiosa de Giovana aconteceu com mais intencionalidade para montar o set list do show ‘Mulheres do Brasil’.

“Eu comecei a pesquisar sobre as famílias e de que forma essas mulheres conciliavam as suas vidas pessoais com a maternidade e com a vida profissional artística. E eu fui descobrindo várias que eu nem sabia que eram mães e que, ainda assim, construíram carreiras sólidas na música. E aí, eu naturalmente passei a enxergar e a ouvir as músicas dessas mulheres de uma outra forma”, completa.

Giovana finaliza refletindo que filhos ensinam as pessoas a serem menos egoístas. “Ele me ensina a ser não só uma pessoa melhor, mas uma artista melhor também, a trabalhar com mais significado, a encontrar mais sentido na forma que eu toco as pessoas com a minha música e que tipo de mensagem e impacto a minha música vai causar. Eu passei a me preocupar muito mais com isso”, completa.