6 jun 2024 | Moda
Na última quarta-feira (5), o mundo da moda foi marcado por mudanças em uma das grifes de luxo tradicionais do segmento. Virginie Viard anunciou sua saída da Chanel após ficar à frente da direção criativa da marca nos últimos cinco anos. A decisão foi confirmada pela maison francesa em um comunicado enviado a revista americana Vogue Business.
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“Chanel confirma a saída de Virginie Viard após uma rica colaboração de cinco anos como diretora artística de coleções de moda, durante os quais conseguiu renovar os códigos da casa respeitando a herança criativa da Chanel”, escreveu a grife em anúncio.
Ainda no comunicado, a Chanel agradeceu pela contribuição da estilista para a moda, criatividade e vitalidade da marca, e informou que o desfile que apresentará a coleção de Outono/Inverno 24/25, no dia 25 de junho na Ópera Garnier, irá ocorrer conforme o planejado.
Virginie Viard ficou mais de 30 anos na grife, tendo passado por diversos cargos, e se tronou braço direito de Karl Lagerfeld. Ela assumiu a direção criativa da Chanel em 2019, após a morte do grande nome da moda. Com a difícil tarefa de continuar os trabalhos após a perda de Lagerfeld, Viard teve suas coleções criticadas nas redes, mas conseguiu aumentar as vendas do prêt-à-porter da marca em 16% no ano de 2023, de acordo com matéria publicada pelo jornal WWD em março deste ano.
Logo após o anúncio, diversas especulações foram feitas pelo público nas redes sociais. A dança das cadeiras do mundo da moda sempre gera repercussão e a pergunta sobre a sucessão da Chanel continua sem uma resposta definida. A marca disse apenas que “uma nova organização criativa para a Casa será anunciada oportunamente”.
Conheça algumas apostas feitas nas redes sociais para suceder Viard na Chanel:
O estilista de moda italiano, Pierpaolo Piccioli é um dos nomes que mais surgiram nas especulações. Em março deste ano, o anúncio de sua saída da Valentino foi mais um ato no grande palco da moda de luxo. Ele ficou durante 25 anos na grife, sendo desde 2016 o diretor criativo solo. Um momento marcante em sua trajetória foi o desfile de Outono/Inverno 22/23, onde a coleção prêt-à-porter da Valentino foi quase por inteiro rosa com algumas peças em preto. O intuito dessa decisão foi motivado pelo desejo de fazer o público ter um olhar mais atento para o detalhamento das roupas, suas silhuetas e texturas.
Outro forte nome é o de Sarah Burton, estilista de moda inglesa que ficou à frente da direção criativa da grife Alexander McQueen durante 13 anos. Burton foi a sucessora do estilista depois de sua morte em 2010; ela começou na grife como estagiária e se tornou o braço direito de Alexander McQueen ao trabalhar com ele durante 14 anos. A estilista honrou o legado de McQueen enquanto adicionou seu toque pessoal, sua sensibilidade e visão única à casa. Burton foi a responsável pelo vestido de noiva de Kate Middleton, princesa de Gales.
Hedi Slimane é o terceiro nome dessa lista. O estilista e fotógrafo francês começou sua carreira na Yves Saint Laurent em 1996, assumiu a linha masculina da Dior, depois fez uma pausa na carreira e se dedicou apenas à fotografia. Hedi voltou para sua carreira como estilista em 2012, quando foi convidado a assumir a direção criativa da Yves Saint Laurent. Atualmente, o estilista é diretor criativo da marca francesa Celine desde 2018. Existem rumores sobre a sua renovação com a marca; se forem verdadeiros ele pode estar livre para assumir outra grife. Slimane foi o responsável por introduzir a silhueta skinny na moda masculina.
Por enquanto, o mundo da moda fica em espera para saber quem irá comandar a maison Chanel nos próximos anos.