1 maio 2020 | Entretenimento
A publicitária e DJ Isa Capelo foi uma das profissionais autônomas que resolveu em apostar em lives para continuar trabalhando em meio à pandemia. As apresentações online, aliás, lhe renderam um convite para tocar, pela primeira vez, em uma festa virtual.
“Uma pessoa que mora em Boston me contratou para eu tocar, por meio do Zoom, na festa virtual de aniversário dela domingo agora. Vai ser minha primeira experiência em um ambiente virtual, sem ser uma live aberta ao público. Achei bacana a maneira como a gente está se reinventando“, contou ao site.
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Separações de famosos que abalaram a internet
Apesar da positividade atual, nem sempre foi assim. Isa confessa que no início da pandemia ficou receosa com o momento que o mundo atravessa, já que ela é microempreendedora individual e a atividade de DJ é sua principal fonte de renda. As apresentações físicas ainda estão distantes de voltarem a acontecer normalmente. Elas devem ocorrer somente depois que a propagação do novo coronavírus diminuir.
Ainda assim, por saber do poder que a música tem de conectar as pessoas, seguirá investindo nas lives. “Houve uma troca com os amigos que moram fora e dificilmente iriam a uma festa que eu toco”, disse sobre um ponto positivo. A DJ, aliás, criou o “Movimento DJ Live“, que sugere que as pessoas contribuam com um cachê virtual, o que foi bem aceito por quem a acompanha.
Thales Aurelio e Beea Gondim também trabalham como DJs na Capital, mas optaram por seguir o caminho oposto. Quando todos estavam investindo no online, eles tiraram um tempo para repensar o momento que vivemos.
Beea, no entanto, mudou de estratégia quando foi convidada para participar de pequenos festivais por negócios locais. Ela disse sim com o intuito de fortalecer o comércio cearense, que também foi afetado pela crise. “Fiz questão de me envolver com apresentações virtuais que têm um propósito. Acho que agora que as pessoas estão em casa, elas estão percebendo o valor que tem a cultura, porque você desopila como? Você escuta uma música, assiste um filme, uma série, lê um livro”.
Thales, por sua vez, participou de uma live promovida por uma marca de cerveja em apoio aos médicos. Ter aceitado o convite fez bem ao próprio profissional. “Escolhi um set com músicas que me ajudaram nesse período e a experiência foi muito boa porque eu me alegrei muito mais”, revela.
Thiago Camargo é outro DJ local que tem apostado nas lives como alternativa de trabalho. No entanto, enfrentou um desafio: como não deixar a apresentação monótona?
“Assim que iniciei a apresentação fui acompanhando o chat e a interação virtual fez com que a energia fluísse e nossa diversão acontecesse”, relembrou sobre a primeira experiência.
Para ele, foi importante descobrir que o ser humano tem a capacidade de se reinventar, independente da situação. “Nesse momento que estamos vivendo essa é uma forma de se conectar ao público e levar um pouco de alegria para a casa de todos”, conclui.