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Cannes 2024: conheça 6 filmes brasileiros que participam do festival

13 maio 2024 | Entretenimento

Por Redação

O cearense Karïm Ainouz, diretor de “Motel Destino”, é o único representante latinoamericano
na disputa pela Palma de Ouro em Cannes 2024
“Motel Destino” é o único filme brasileiro a concorrer à Palma de Ouro em 2024 (Foto: Divulgação)

O Festival de Cannes é um dos eventos de maior relevância no mundo do cinema e, todos os anos, reúne os maiores talentos da indústria na cidade litorânea do sul da França. A 77ª edição tem início nesta terça-feira (14) e conta com seis representantes brasileiros em diferentes mostras do festival. Concorrendo à Palma de Ouro, o cearense Karïm Ainouz disputa o maior prêmio do evento com “Motel Destino”, filme rodado inteiramente em Beberibe, no Ceará.

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Ainouz concorre ao lado de outros grandes nomes do cinema mundial, como Francis Ford Coppola, David Cronenberg, Iórgos Lánthimos, Kirill Serebrennikov, Miguel Gomes ou Jacques Audiard. Esta é a sexta indicação do cineasta, sendo a segunda consecutiva. Em 2023, participou com a produção internacional “Firebrand”, drama histórico britânico que conta a história de Catherine Parr, a última mulher do rei Henrique VIII.

Além disso, apresentou “Madame Satã” em 2002, na mostra Un Certain Regard – seção paralela da seleção oficial e segunda mais importante do festival. Em 2006, lançou o longa “O Céu de Suely” na seção Horizontes. Na mesma categoria, em 2009, apresentou “Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo”. Já em 2019, ganhou o prêmio da mostra Un Certain Regard com “A Vida Invisível”.

De Beberibe a Cannes

“Motel Destino”, porém, é o primeiro longa do diretor a concorrer à Palma de Ouro representando o Brasil. Gravado em Beberibe, praia localizada a 79 km de Fortaleza, o filme representa sua volta às narrativas no Ceará, desde o longa “Praia do Futuro” (2014). 

Karïm Ainouz no set de gravação de “Motel Destino” (Foto: Reprodução/Instagram)

Descrito como um thriller erótico, “Motel Destino” traz o calor, a dramaticidade e a sensualidade que são características de sua obra – e porque não, do Ceará. O estabelecimento do título é pano de fundo da história de Heraldo, interpretado por Iago Xavier, que chega para transformar o cotidiano do local. No elenco, Fábio Assunção e Nataly Rocha dão vida a Elias e Dayana, administradores do motel. 

Além do diretor e da locação, a história de construção do filme e diversos profissionais envolvidos são cearenses. A narrativa de “Motel Destino” nasceu da parceria de Karim com o Laboratório de Cinema da Porto Iracema das Artes. Dessa forma, ex-alunos da escola, o roteirista Wislan Esmeraldo, a diretora assistente Luciana Vieira e o protagonista Iago Xavier também assinam esta colaboração.

Contribuições brasileiras

Para além da categoria principal, outras produções brasileiras marcam presença no maior festival de cinema do mundo. É o caso de “Baby”, de Marcelo Caetano, que está entre os sete filmes em competição na Semana da Crítica, organizada pelo Sindicato Francês de Críticos de Cinema. O filme narra a trajetória de Wellington logo após ser liberado de um centro de detenção para jovens, seguido de seu encontro arrebatador com Ronaldo, um garoto de programa que lhe ensina novas formas de sobreviver.

“A Queda do Céu”, de Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha (Foto: Divulgação)

Além disso, a Mostra Quinzena dos Cineasta exibe “A Queda do Céu”, uma coprodução Brasil, Itália e França, assinada por Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha. O filme é uma adaptação do ivro homônimo de Davi Kopenawa, xamã Yanomami e um dos maiores líderes indígenas do mundo, e de Bruce Albert, antropólogo francês.

Ganhador de três Oscar, Oliver Stone concorre ao Olho de Ouro com “Lula”, um documentário sobre uma das figuras políticas mais influentes e populares do mundo: o atual presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva. No filme, o cineasta explora a ascensão, queda e retorno do presidente nas eleições de 2022. 

Por fim, dois curtas brasileiros participam do festival. “Amarela”, de André Hayato Saito, concorre à Palma de Ouro da sua categoria, com a história de Erika Oguihara, uma adolescente nipo-brasileira que rejeita as tradições de sua família japonesa e está ansiosa para comemorar um título mundial de futebol pelo Brasil. Já “A Menina e o Pote”, de Valentina Homem, está na seleção de curtas da Semana da Crítica. A animação com técnica de pintura sobre vidro traz uma parábola sobre cosmogonia ameríndia e plantas sagradas amazônicas. 

“A Menina e o Pote”, de Valentina Homem (Foto: Reprodução)

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