Márcia Travessoni – Eventos, Lifestyle, Moda, Viagens e mais

Hand Lace, Creations Lil e UFCA, no DFB Revela, também apresentaram suas coleções

O segundo dia de DFB Festival encheu o Centro de Eventos do Ceará de talento, arte e emoção com desfiles de Catarina Mina, Creations LiL, Hand Lace e coleções autorais assinadas por ex-alunos da Unifor e da UFCA. Coleções inspiradas no Nordeste, trazendo artesanato e simbolismo, bem como peças de upcycling e moda praia abrilhantaram as passarelas do festival na última quinta-feira (15).

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Principal vitrine da moda autoral no Ceará e um dos mais importantes eventos do segmento no país, o DFB chega a sua 26ª edição com o tema “Inteligência Autoral”, instigando o debate sobre autoralidade ante o domínio da inteligência artificial nos processos criativos. O idealizador do evento, Claudio Silveira, destacou a participação ativa dos estilistas e designers que trouxeram suas coleções para o evento e seus trabalhos que reforçam a ideia por trás da edição desse ano: nada substitui quem cria.

DFB Revela: UFCA

Abrindo os desfiles na quinta, a coleção “Tem Macaxeira no Feijão” assinada por Alan Araujo, ex-aluno da UFCA, foi um dos grandes destaques dessa edição através do formato DFB Revela – desfiles de coleções criadas por egressos de cursos de moda a convite da organização do evento.

Evocando as tradições e as riquezas do Cariri, a coleção trouxe peças trabalhadas em bordados e outras artesanias para a passarela. Tons terrosos e ocre compuseram os looks, muito bem trabalhados em acessórios de miçangas e macramê. Destaque ficou em peças com uma estamparia desenvolvida para a coleção: duas meninas cujas tranças se transformam em cobras – uma referência a uma lenda da região do Cariri. Algumas peças estampavam o desenho em bordados bem característicos. A coleção “Tem Macaxeira no Feijão” explorou o imaginário de todo uma região com brilhantismo e autenticidade. 

DFB Revela: Unifor

A noite de desfiles seguiu com outra coleção desfilando no formato DFB Revela e trazendo inspirações do imaginário nordestino para a passarela. A coleção “Caleidoscópio do Sertão”, assinada por Amanda Nascimento, Nathan Brito, Gabriele Duarte e Beatriz Ribeiro – todos egressos da Unifor – uniu uma ideia de sertão a singularidade e criatividade de cada estilista.

A coleção foi dividida em famílias, cada com cinco looks feito por cada designer. Cada família trabalhou cores e elementos distintos: crochê encabeçaram seguidos de tons ocres, tecidos que emulavam palha e couro ao final do desfile. Destaque especial para peças que looks que brincaram com a criatividade, como o terno com pequenas mãos e orelhas sobre o blazer. A coleção “Caleidoscópio do Sertão” abordou com criatividade a diversidade do sertão, e de cada designer envolvido.

Hand Lace

A marca cearense participou do segundo dia de DFB com sua nova coleção “Olho d’Água”. Um encontro da moda praia com a roupa casual e de trabalho, a coleção trouxe peças trabalhadas em texturas e detalhes que emulavam flores e folhagens. Cores sóbrias em tonalidade preto e marrom compuseram os looks que iam de biquínis e maiôs a blazers e vestidos longos. 

Creations Lil

Fazendo sua estreia no DFB, a marca Creations LiL apostou em um desfile teatral que trouxe impacto para passarela do festival. A coleção “The Office – O Corre” brinca com as roupas de trabalho por meio da moda upcycling  e propõe novas imagens de trabalhadores vestindo peças costuradas umas sobre as outras. Os acessórios abrilhantaram o desfile: mouses de computadores se tornaram gravatas, maquinas de fax se tornaram bolsas, uma carteira de trabalho se tornou um colar, fitas adesivas se tornaram cintos, e assim por diante. O maior destaque ficou para o final com um vestido feito em papel com o desenho original das peças da coleção. Creations LiL impactou na estreia e deixou o público com um gostinho de “quero mais”.

Catarina Mina

Apostando na emoção, a marca cearense Catarina Mina encerrou o segundo dia de desfiles com a coleção “Alpendre” nas passarelas. Fruto de uma colaboração com o projeto social “Vai Maria”, a marca uniu seus tradicionais macramês e crochês ao artesanato de costureiras e artesãs fortalezenses, que subiram na passarela ao lado da criadora da marca, Celina Hissa, ao final do desfile. As peças de alta alfaiataria com estampas e detalhes bordados trouxeram cores vivas e suaves para a passarela, dando uma sensação de aconchego. Bolsas características da marca e brincos emulando folhas estavam entre os acessórios que compuseram os looks apresentados no festival. O destaque maior foi a participação de Isabele Temóteo, empresária e esposa do cantor Xand Avião, encabeçando o desfile. 

Confira mais fotos do segundo dia, por Roni Vasconcelos.