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Cris Façanha Cavalcante relata como a arte ajuda a atravessar a pandemia

9 abr 2021 | Lifestyle

Por Yohana Capibaribe

Como artista, Cris Façanha Cavalcante liberta os sentimentos ruins com a própria arte (Foto: Marília Camelo)

O mundo como a artista visual e escritora Cris Façanha Cavalcante conhecia parou devido à pandemia da Covid-19. Exposições e eventos foram adiados. Contudo, Cris se viu ainda mais próxima da própria arte. Durante o isolamento social mais rígido, desde o primeiro decreto de lockdown do governo do Ceará, a artista voltou para si e trouxe mais arte. “Foi um momento bastante criativo, de nos voltar para dentro de casa, de nós e estar mais próximo da família. Então, foi um período que eu experimentei muito, tudo voltado para a área criativa. A pandemia é um momento de fôlego, então, percebi muito mais coisas ao meu redor, minhas reflexões me fizeram criar”, detalha.

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Algumas exposições que Cris participaria, como a da CasaCor em Miami, foram adiadas. Outras, ainda em 2020, a artista ainda conseguiu participar. Entretanto, mesmo sem tantos eventos para expor os novos quadros, a cearense continuou a ter a arte bastante contemplada pelos apreciadores. “Recebi muitas declarações sobre os meus quadros coloridos, como ‘Gosto muito de olhar para a sua arte de manhã’; ‘Como me alegra, como é bom ver cores no meio dos caos’“.  Para Cris, a arte foi ainda mais procurada durante a pandemia.

“Muita gente, de certa forma, se voltou para algum tipo de arte, da culinária à arte plástica. Todas ficaram em evidência. Sobrou pouco para se fazer, a rotina desacelerou e o que era belo e ignorado começou a ser mais visto. Nos voltamos muito para casa também, procuramos beleza para o nosso aconchego”. 

Foram os processos criativos que a ajudaram Cris a passar pela angústia da pandemia (Foto: Marília Camelo)

Como artista, Cris Façanha Cavalcante liberta os sentimentos ruins com a própria arte e foram os processos criativos que a ajudaram a passar pela angústia da pandemia. “Isso tudo nos afetou muito, mas também me fez criar, me ensinou mais sobre empatia. Todos se afetaram de alguma forma. A arte foi muito afetada também, mas ela sempre permanece presente nas tragédias”, explica. Cris aponta que as grandes guerras trouxeram muitas obras, porque a arte era muito necessária diante o caos.

Arte colorida

Cris Façanha Cavalcante tem a mistura de cores como assinatura marcante em suas obras. Bem antes de estudar na School of Arts de Nova York, ela se formou em Química e são justamente as reações moleculares que fomentam novas cores para os quadros. “Todas as cores que eu experimento falam por si, minhas cores reagem entre si, causam reações, muitas vezes inesperadas. O conjunto das cores mexe muito comigo”, conta.

Conforme a artista, não houve uma única cor mais marcante para refletir a pandemia, todas se fizeram presentes através das reações químicas de Cris (Foto: Marília Camelo)

“Eu costumo dizer que eu penso muito colorido e me ajuda a ver o lado bom e alegre da vida. Produzir cores durante a pandemia é trazer alegria e entusiasmo”, relata. Conforme a artista, não houve uma única cor mais marcante para refletir a pandemia, todas se fizeram presentes através das reações químicas de Cris.

Novas artes

O isolamento social mais rígido aproximou Cris ainda mais das próprias artes. “Foi um período bastante criativo, você se volta para dentro. Eu gosto de ler e escrever e esse período me fez criar. Foi um momento de muito estudo e reflexão e terminei o meu segundo livro”, conta sobre o momento de lockdown. 

O novo livro de Cris Façanha Cavalcante, “O Pulsar das Palavras”, reúne poemas da artista sobre o atual momento do mundo. A obra e o projeto gráfico foram concluídos neste ano. Agora, Cris aguarda a publicação do título, que ainda não tem data de lançamento. A artista está esperando as medidas de flexibilização do Governo do Estado para saber qual será o momento recomendado.

Além do livro de poesias, Cris quis se aventurar no universo infantil e começou a escrever uma história para crianças. A obra, que ainda não foi concluída, se chama “A menina dos sonhos coloridos” e conta a história de uma garota que sonha e pensa colorido, demonstrando as emoções e sentimentos através das cores do cabelo. 

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